Energia limpa
Governo vê nas eólicas offshore um motor para descarbonização e atração de investimentos
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 03/06/2025 às 11:31 AM

O MME participou do “Brazil Offshore Wind & Power-to-X 2025”, promovido pelo Instituto Creation de Pesquisa de UFRN Foto: Divulgação
A energia eólica offshore está ganhando protagonismo na agenda econômica brasileira como pilar estratégico para a descarbonização da indústria e atração de novos investimentos.
A avaliação foi reforçada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) durante o “Brazil Offshore Wind & Power-to-X 2025″, evento promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) que reuniu especialistas, autoridades e empresas para debater o papel das fontes renováveis na neoindustrialização do país.
Segundo Karina Araújo Sousa, diretora do Departamento de Transição Energética do MME, o Brasil tem a oportunidade de impulsionar uma nova etapa de desenvolvimento industrial, ancorada em energia limpa. “Nosso foco é tornar a indústria nacional mais competitiva e sustentável, com base em fontes renováveis como a eólica offshore e o hidrogênio de baixa emissão”, afirmou.
Nova indústria e política energética caminham juntas
A agenda de transição energética está integrada à política “Nova Indústria Brasil” e à Política Nacional de Transição Energética (PNTE), em articulação com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Entre as prioridades, está a descarbonização de setores intensivos em energia — como cimento, aço, fertilizantes, siderurgia e alumínio — e a criação de um ambiente propício à instalação de novas indústrias sustentáveis.
A expectativa é de que, até 2050, a demanda por eletricidade no Brasil triplique. Nesse cenário, as eólicas offshore surgem como uma peça-chave na diversificação da matriz energética.
Rumo ao primeiro leilão
O MME estima que os primeiros leilões de cessão de áreas ocorram após a estruturação do marco regulatório, atualmente em fase final de elaboração.
O Grupo de Trabalho Eólicas Offshore, coordenado pelo ministério, está à frente da construção desse novo mercado. A agenda inclui o mapeamento de áreas com menor risco socioambiental e a regulamentação das regras de cessão — com o apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A movimentação sinaliza que o Brasil não apenas busca protagonismo na transição energética global, mas também enxerga na economia verde uma alavanca real para reindustrializar com eficiência, atratividade e visão de longo prazo.
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