A declaração foi feita durante o lançamento da nova política imobiliária do governo federal, ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo FOTO: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (10), em São Paulo, que espera um cenário “substancialmente diferente” para a política monetária brasileira em 2026. A declaração foi feita durante o lançamento da nova política imobiliária do governo federal, ao lado do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

A iniciativa vai permitir o uso de 100% dos recursos da poupança em financiamentos habitacionais, com regra de transição prevista até o fim de 2026. Segundo Haddad, o objetivo é oferecer crédito mais barato e estimular o mercado de habitação para a classe média, voltado a famílias com renda mensal entre R$ 12 mil e R$ 20 mil.

“A política vai garantir crédito acessível com dinheiro novo, e o período de transição permitirá testar os parâmetros que serão reavaliados anualmente. Esperamos que, no próximo ano, o cenário da política monetária esteja substancialmente diferente do atual”, declarou o ministro.

Atualmente, 65% dos recursos captados na poupança pelos bancos são destinados ao crédito imobiliário; 15% ficam livres para outras operações, e 20% permanecem como compulsório no Banco Central.

Com a nova regra, o volume de compulsórios cairá gradualmente para 15%, destinando os 5% restantes ao novo modelo de financiamento. A previsão é que o sistema entre em plena vigência em janeiro de 2027.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que a medida terá impacto imediato, permitindo à Caixa Econômica Federal financiar cerca de 80 mil novas moradias ainda nesta primeira etapa.