INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Hyundai amplia produção nos EUA para reduzir impacto de tarifas

Por Redação - Em 25/09/2025 às 2:36 PM

Hyundai (7)

Atualmente, 40% dos veículos vendidos pela Hyundai nos EUA já são produzidos localmente

A Hyundai Motor anunciou que pretende fabricar mais de 80% dos veículos vendidos nos Estados Unidos em território norte-americano até 2030, como resposta às tarifas impostas por Washington. A medida será viabilizada pela expansão da fábrica da montadora na Geórgia, que deverá alcançar capacidade anual de 500 mil unidades até 2028, com foco em modelos híbridos e elétricos.

A companhia, terceira maior montadora do mundo em vendas ao lado da Kia, revisou sua meta de margem operacional para 2025, de 7%-8% para 6%-7%, atribuindo a mudança ao peso das tarifas norte-americanas. A expectativa é retomar margens de 7%-8% em 2027 e 8%-9% até o fim da década.

O co-CEO José Muñoz destacou, durante evento com investidores em Nova York, que a estratégia busca reduzir a exposição ao cenário tarifário e fortalecer a presença da empresa no mercado norte-americano, responsável por cerca de 40% da receita global da Hyundai. Ele também defendeu a necessidade de soluções rápidas entre EUA e Coreia do Sul para facilitar a circulação de trabalhadores especializados, após incidentes envolvendo técnicos detidos em uma fábrica de baterias no estado da Geórgia.

Atualmente, 40% dos veículos vendidos pela Hyundai nos EUA já são produzidos localmente. O plano de ampliar essa fatia para 80% é visto por analistas como o mais ambicioso do setor, embora traga dúvidas sobre a viabilidade de manter esse nível caso as tarifas sejam reduzidas no futuro.

Além do aumento da produção, a montadora pretende lançar mais de 18 modelos híbridos até 2030, além de veículos elétricos de alcance estendido (EREVs) em 2027 e sua primeira picape média na América do Norte antes do fim da década.

Segundo a empresa, a fábrica da Geórgia abrigará a produção de dez modelos híbridos e elétricos. Muñoz reforçou que o crescimento nos EUA não implicará redução da produção sul-coreana, ressaltando a importância de um acordo comercial definitivo entre os dois países para reduzir incertezas e apoiar o planejamento de longo prazo.

Mais notícias

Ver tudo de IN Business