mercado financeiro
Ibovespa atinge novo recorde e fecha acima de 140 mil pontos; dólar tem menor cotação em 13 meses
Por Marlyana Lima - Em 03/07/2025 às 9:13 PM

O Ibovespa avançou 1,35% nesta quinta-feira (3) e encerrou o dia aos 140.928 pontos, atingindo um novo recorde
O mercado brasileiro encerrou a quinta-feira (3) em clima de festa: o Ibovespa subiu 1,35% e cravou 140.928 pontos, superando o recorde anterior (20 de maio, 140.110 pontos) e flertando durante o pregão com a marca inédita de 141 mil. Ao mesmo tempo, o dólar à vista recuou 0,29%, para R$ 5,4049, no menor patamar desde 11 de junho de 2024. A trégua no câmbio foi alimentada por ingressos de capital estrangeiro tanto em ações quanto em títulos públicos.
Especialistas avaliam que esse resultado foi impulsionado por uma série de fatores. Uma deles é a alta das ações dos bancos e pela maior disposição dos investidores para correr riscos. O índice brasileiro acompanhou as bolsas americanas.
Investidores repercutem a aprovação, pelo Congresso americano, do megapacote de cortes de impostos proposto pelo presidente Donald Trump. O texto prevê ampla redução de tributos, aumento nos gastos públicos e cortes em programas sociais, além de incentivos à indústria e às Forças Armadas. Apelidado de “One Big Beautiful Bill”, o pacote pode adicionar US$ 3,3 trilhões à dívida pública dos EUA na próxima década, elevando o risco fiscal do país.

O dólar fechou o dia em queda de 0,29%, cotado a R$ 5,4049
A percepção de desequilíbrio nas contas públicas americanas aumenta a desconfiança dos mercados e pode impactar negativamente os juros e a inflação nos próximos trimestres.
Tarifas comerciais dos EUA
Outro ponto de alerta é o fim da suspensão temporária das tarifas comerciais dos EUA — medida implementada por Trump e prevista para expirar em 9 de julho. Até agora, apenas três acordos bilaterais foram fechados, o mais recente com o Vietnã, na quarta-feira (2). A retomada das tarifas pode encarecer insumos e produtos, aumentar a inflação e forçar o Federal Reserve (Fed) a manter os juros elevados por mais tempo.
Situação fiscal no Brasil
No cenário doméstico, as atenções continuam voltadas à questão do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A revogação do decreto que aumentava a alíquota foi derrubada pelo Congresso, gerando reação do governo federal. O presidente Lula defendeu a judicialização da medida e afirmou que não há crise com o Legislativo, mas que irá ao STF caso necessário.
Segundo o Ministério da Fazenda, a manutenção do IOF seria essencial para o equilíbrio das contas públicas em 2025. A equipe econômica alerta que a perda de arrecadação pode levar a novos cortes no orçamento e pressiona pela aprovação de medidas alternativas, como o aumento da tributação sobre apostas eletrônicas, criptoativos e fintechs.
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