APONTA CNC

Inadimplência das famílias alcança 30,5%; maior nível desde 2010

Por Redação - Em 08/10/2025 às 2:39 PM

Dinheiro, Real Moeda Brasileira

A CNC prevê que, até o fim de 2025, o endividamento avance 3,3 pontos percentuais e a inadimplência aumente 1,7 ponto

O número de famílias brasileiras endividadas e inadimplentes voltou a subir em setembro, atingindo novos recordes, conforme levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 30,5% das famílias relataram ter contas em atraso — o maior percentual em 15 anos de série histórica.

O estudo também apontou que 13% dos lares afirmaram não ter condições de quitar suas dívidas vencidas, um indicativo de fragilidade financeira crescente, segundo a CNC. O endividamento total alcançou 79,2% das famílias, e 18,8% dos consumidores disseram comprometer mais da metade da renda mensal com dívidas.

Entre os inadimplentes, quase metade (48,7%) está com débitos atrasados há mais de 90 dias, reflexo da pressão dos juros altos sobre o orçamento doméstico.

O economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, destacou que, embora o crédito estimule o consumo, o aumento da inadimplência indica um freio na recuperação do comércio.

A alta no endividamento foi mais acentuada entre as famílias com renda de até três salários mínimos, cuja proporção de endividados passou de 81,1% para 82% em setembro. Já entre os lares com renda superior a dez salários mínimos, o índice subiu de 68,7% para 69,5%.

A CNC prevê que, até o fim de 2025, o endividamento avance 3,3 pontos percentuais e a inadimplência aumente 1,7 ponto, mantendo o quadro de aperto financeiro entre as famílias brasileiras.

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