115,4 PONTOS
Indicador de Incerteza da Economia atinge maior nível desde março de 2023, aponta FGV
Por Redação - Em 02/01/2025 às 11:45 AM

Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br também apresentou alta, subindo 2,5 pontos e atingindo 110,2 pontos FOTO: Agência Brasil
O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) subiu 5 pontos em dezembro, alcançando 115,4 pontos, conforme dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (2). Esse é o maior valor registrado para o índice desde março de 2023, quando chegou a 116,7 pontos. O indicador permanece na “faixa desfavorável”, ou seja, acima dos 110 pontos, sinalizando um cenário de incerteza elevado para a economia do país.
Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br também apresentou alta, subindo 2,5 pontos e atingindo 110,2 pontos, o que reforça a tendência de crescimento da incerteza no final de 2024.
A economista da FGV Ibre, Anna Carolina Gouveia, explicou que o aumento recente do indicador está principalmente relacionado às incertezas fiscais, em particular com as contas públicas do Brasil. Além disso, a especialista destacou as preocupações com o cenário externo, especialmente as possíveis mudanças nas políticas dos Estados Unidos, como fatores que ampliam a incerteza no Brasil. Esses desafios, aliados a outros fatores macroeconômicos previstos para 2025, devem manter o nível de incerteza elevado nos próximos meses.
O IIE-Br é composto por dois componentes principais: o IIE-Br Mídia, que mapeia a frequência de notícias sobre incerteza nos principais jornais, e o IIE-Br Expectativa, que analisa as dispersões nas previsões para a taxa de câmbio e o IPCA (índice de preços ao consumidor).
Em dezembro, o componente Mídia subiu 4,7 pontos, chegando a 113,2 pontos, o maior nível desde maio deste ano (114,2 pontos). Esse aumento contribuiu com 4,1 pontos para a alta geral do índice. Já o componente Expectativas, que mede a variação nas previsões de especialistas para as principais variáveis macroeconômicas, registrou uma elevação de 3,9 pontos, indo para 117,7 pontos, o maior valor desde dezembro de 2022. Esse componente teve uma contribuição positiva de 0,9 ponto para o índice total.
A coleta de dados do IIE-Br foi realizada entre 26 de novembro e 25 de dezembro, refletindo as tensões fiscais internas e externas que influenciam o clima econômico no Brasil.
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