Sondagem industrial

Indústria cearense projeta crescimento, mas cobra alívio nos juros e impostos

Por Anchieta Dantas Jr. - Em 06/05/2025 às 10:55 AM

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A projeção mais positiva da indústria foi em relação à demanda: 60,6 pontos no Ceará, acima da média nacional, que ficou em 55,7 pontos Foto: Freepik

Apesar dos entraves já conhecidos — como a elevada carga tributária e o custo do crédito —, a indústria cearense mantém um tom confiante em relação aos próximos meses. É o que revela a Sondagem Industrial de março, realizada pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o levantamento, todos os indicadores de expectativa seguem acima da linha dos 50 pontos — marca que indica otimismo entre os empresários consultados. A projeção mais positiva foi em relação à demanda: 60,6 pontos no Ceará, acima da média nacional, que ficou em 55,7. O resultado confirma uma tendência que já havia sido apontada na pesquisa de março. Mas o cenário não é sem ressalvas.

Obstáculos no horizonte

No primeiro trimestre de 2025, dois fatores se destacaram como os principais gargalos enfrentados pelo setor: a carga tributária elevada, citada por 32,3% dos empresários, e as taxas de juros, mencionadas por 30,7%.

Com a Selic ainda em patamar alto, o crédito segue caro e escasso — o que compromete não apenas a operação, mas também os planos de investimento das empresas.

O otimismo do industrial cearense é um sinal positivo. No entanto, fatores como a alta dos juros e o peso da carga tributária seguem como obstáculos à expansão da atividade e dos investimentos”, avalia Laís Veloso, coordenadora de Inteligência Competitiva do Observatório da Indústria. A leitura do setor é clara: há apetite para crescer, mas é preciso que o ambiente de negócios evolua na mesma direção.

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