Em 20224, as vendas atingiram 117,7 milhões de unidades, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior

A indústria de eletrodomésticos está projetando um crescimento moderado para 2025, com estimativas variando entre 5% no cenário mais conservador e até 10% no cenário mais otimista. As previsões foram compartilhadas pela Eletros, entidade que representa o setor, em um encontro realizado nessa segunda-feira (17) com autoridades do governo, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Essas projeções levam em consideração os altos índices de juros e o impacto cambial sobre os custos de produção, uma vez que muitas fábricas dependem de peças importadas. Contudo, as perspectivas ainda são mais positivas do que o esperado, após um ano de 2024 que se destacou pelo melhor desempenho da última década, com vendas que atingiram 117,7 milhões de unidades, um crescimento de 29% em relação ao ano anterior.

O presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, destacou que os resultados do setor estão intimamente ligados ao cenário macroeconômico. “A estabilidade cambial, o controle da inflação e a redução das taxas de juros serão determinantes para que o setor mantenha seu ritmo de crescimento. Além disso, o fortalecimento da geração de empregos e os ajustes nas políticas industriais serão fundamentais para sustentar esse desempenho”, afirmou Nascimento.

O excelente desempenho de 2024, segundo a Eletros, foi impulsionado por uma combinação de fatores favoráveis, como o aumento do poder de compra da população, o crescimento do crédito e uma melhora nas condições de emprego. Além disso, o clima também teve papel importante, com ondas de calor que aqueceram as vendas de ar condicionado, que alcançou um crescimento histórico de 38%. Ventiladores e a troca de eletrodomésticos por modelos mais modernos também foram fatores que contribuíram para o sucesso do setor.

Embora os resultados tenham sido influenciados por variáveis externas, Nascimento frisou que a indústria nacional demonstrou resiliência e capacidade de adaptação às necessidades dos consumidores, que continuam em busca de produtos mais eficientes, tecnológicos e com melhor relação custo-benefício. A expectativa para 2025 é que, mesmo com os desafios, a indústria continue a se recuperar e a superar suas metas, confirmando sua importância dentro da economia brasileira.