No acumulado de janeiro a setembro, a receita total do setor chegou a R$ 227,7 bilhões, aumento de 10,8% FOTO: CNI

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou crescimento de 11,2% em setembro em relação ao mesmo mês de 2024, alcançando R$ 27,2 bilhões em receita líquida, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (29) pela Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos). Na comparação com agosto, o avanço foi de 2%.

O resultado foi impulsionado pelo aumento dos investimentos em bens de capital no país e pela diversificação das exportações, que compensaram as perdas no mercado americano, afetado pelas tarifas de 50% impostas pelo governo dos Estados Unidos.

As vendas domésticas tiveram alta expressiva de 18,2% em relação a setembro do ano passado, enquanto as exportações subiram 1,8% em dólares, totalizando US$ 1,3 bilhão. Com a variação cambial, as vendas externas somaram R$ 7,1 bilhões, queda de 4,7% em reais.

No acumulado de janeiro a setembro, a receita total do setor chegou a R$ 227,7 bilhões, aumento de 10,8% sobre o mesmo período de 2024. As vendas internas cresceram 13,4%, atingindo R$ 173,1 bilhões, e as exportações, de US$ 9,6 bilhões, ficaram praticamente estáveis, com leve alta de 0,2%.

De acordo com a Abimaq, a redução de 8,2% nas vendas aos Estados Unidos e a queda de 2,2% nos preços médios internacionais foram compensadas por um aumento de 2,8% no volume exportado e de 3,3% nos embarques para novos destinos.

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria atingiu 79,1% em setembro, 2,4 pontos percentuais acima do registrado um ano antes. O setor também manteve o ritmo de geração de empregos, com 426 mil trabalhadores ativos, o que representa a criação de 28,4 mil vagas em 12 meses.