
IGP-M
“Inflação do aluguel” desacelera para 0,94% em dezembro e fecha 2024 com alta de 6,54%
Por Redação - Em 27/12/2024 às 10:55 AM

O resultado de dezembro representa uma desaceleração significativa em relação à alta de 1,3% registrada em novembro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), usado para reajustar os contratos de aluguel, apresentou uma desaceleração de 0,94% em dezembro, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Conhecido como a “inflação do aluguel”, o índice acumulou uma alta de 6,54% no ano de 2024, refletindo uma desaceleração em relação a 2023, quando o indicador havia registrado uma queda de 3,18% no acumulado de 12 meses.
O resultado de dezembro representa uma desaceleração significativa em relação à alta de 1,3% registrada no mês anterior, novembro, e demonstra a redução na pressão sobre os preços ao longo do último mês do ano. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil, levando em consideração uma ampla gama de bens e serviços entre o dia 20 de um mês e o dia 21 do mês seguinte.
A desaceleração no ritmo de alta do IGP-M foi impactada por uma combinação de fatores nos principais componentes do índice. O coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), André Braz, destacou que as commodities, os preços administrados e a mão de obra foram determinantes para os resultados observados.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou alta de 1,21% em dezembro, apresentando uma desaceleração frente ao mês de novembro, quando o aumento havia sido de 1,74%. A desaceleração foi principalmente influenciada pela diminuição dos preços no subgrupo de alimentos processados, que passou de uma alta de 3,34% para 2,62% em dezembro.
No Índice de Preços ao Consumidor (IPC), houve uma leve aceleração, com aumento de 0,12% em dezembro, ante 0,07% de novembro. O aumento foi impulsionado, principalmente, pelo aumento nos preços das carnes e dos cigarros, que tiveram alta de 6,43%. Esse movimento reflete as variações nos preços de itens monitorados pelo consumidor, que experimentaram pressão de custos neste último mês do ano.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também registrou uma aceleração, com alta de 0,51% em dezembro, superior aos 0,44% observados em novembro. O aumento nos custos de construção, como consequência dos reajustes salariais no setor, foi um dos principais fatores para esse comportamento.
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