GOLD CARD
Investimento bilionário abre nova rota para residência nos Estados Unidos
Por Redação - Em 23/10/2025 às 2:30 PM

Lançados por Trump, o Gold Card e o Platinum Card sinalizam uma guinada na política de imigração norte-americana, priorizando o capital global como ferramenta de influência econômica e diplomática
O governo dos Estados Unidos inaugurou uma nova via para atrair investidores estrangeiros de alto poder aquisitivo. O programa, batizado de “Gold Card”, promete um acesso acelerado à residência permanente no país — e, futuramente, à cidadania — mediante um aporte mínimo de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,4 milhões).
A iniciativa surge como uma versão reformulada do tradicional visto EB-5, usado há décadas para conceder o green card a quem investe e gera empregos em território americano. A proposta é simplificar o processo e ampliar o volume de capital estrangeiro direcionado a setores estratégicos da economia dos EUA.
O governo também apresentou uma modalidade superior, o “Platinum Card”, voltada a indivíduos de altíssimo patrimônio e dispostos a desembolsar US$ 5 milhões (R$ 26,9 milhões) em troca de benefícios fiscais e de permanência mais amplos. Essa categoria, porém, ainda depende de autorização do Congresso norte-americano para entrar em vigor.
Rota expressa
Especialistas em imigração descrevem o Gold Card como um atalho para quem enfrenta longas esperas em processos tradicionais, especialmente cidadãos de países como China e Índia, onde a fila por vistos de residência pode se estender por anos.
O programa também desperta o interesse de empresários que desejam fixar base nos EUA sem comprometer seus ativos internacionais. No entanto, juristas alertam que o aporte exigido não é considerado investimento produtivo: trata-se de uma contribuição direta ao governo, sem expectativa de retorno financeiro.
Residência sem vínculo fiscal
Uma das novidades do pacote é o tratamento tributário. O Gold Card segue as regras da “presença substancial”, que pode tornar o titular residente fiscal caso ultrapasse determinado número de dias no país. Já o Platinum Card permitiria estadas de até 270 dias anuais sem ativar a tributação americana, algo inédito no sistema atual.
Mesmo assim, rendas obtidas em território norte-americano continuarão sujeitas às leis fiscais dos EUA, o que exige atenção redobrada de investidores e consultores.
Apesar do apelo comercial — e de um site oficial que promete “residência em tempo recorde” —, os programas ainda carecem de aprovação legislativa. O debate sobre impactos fiscais e critérios de elegibilidade divide congressistas e pode adiar a implementação definitiva.
Ainda assim, o Gold Card e o Platinum Card sinalizam uma guinada na política de imigração norte-americana, priorizando o capital global como ferramenta de influência econômica e diplomática. Para investidores dispostos a pagar o preço, o sonho americano pode ter encontrado uma nova porta de entrada.
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