BOLSA DE VALORES
Itaú BBA prevê avanço de 44% para ações brasileiras em 2025 e mantém aposta em empresas de alta qualidade
Por Redação - Em 18/11/2025 às 12:01 AM

Segundo o relatório, a Bolsa brasileira permanece com valuation atrativo, sendo negociada a cerca de nove vezes o lucro projetado, nível ainda abaixo da média histórica
O Itaú BBA projeta um desempenho expressivo da Bolsa brasileira em 2025. Em relatório divulgado nesta semana, o banco estima que as ações do País possam avançar 44% em dólares, superando os demais mercados emergentes em cerca de 15 pontos porcentuais no ano. Nesse cenário, a instituição segue priorizando setores de infraestrutura, renda fixa corporativa e companhias cíclicas consideradas de alta qualidade.
Entre as empresas destacadas pelo banco estão Equatorial, Sabesp, Multiplan, Direcional, BTG Pactual, Bradesco, Rede D’Or, GPS, Prio e Suzano, nomes que, segundo a análise, combinam solidez operacional com bom potencial de retorno.
A avaliação assinada pelo estrategista Daniel Gewehr ressalta que a exposição comprada ao mercado brasileiro — especialmente por meio de ações domésticas de maior qualidade — tem sido rentável. No acumulado do ano, essa estratégia já soma ganho de 59,6% em dólares.
Segundo o relatório, a Bolsa brasileira permanece com valuation atrativo, sendo negociada a cerca de nove vezes o lucro projetado, nível ainda abaixo da média histórica. O banco observa que, enquanto outros mercados emergentes passam por reprecificação, o Brasil segue oferecendo desconto.
O Itaú BBA também destaca que os ciclos monetários devem caminhar de forma alinhada nos próximos meses. A expectativa de cortes na Selic favorece ativos locais, enquanto o mercado acionário brasileiro tende a funcionar como um “beta” para movimentos do Federal Reserve, aumentando a sensibilidade a decisões do banco central norte-americano.
No campo corporativo, o relatório aponta melhora das projeções de lucro, especialmente entre as empresas de grande porte do setor financeiro, que passaram por revisões negativas ao longo de 2025, mas agora mostram sinais de recuperação.
O banco pondera, porém, que o ambiente não é isento de riscos. Questões fiscais — como o avanço da dívida pública —, o déficit em conta corrente e a diferença entre o rendimento dos dividendos e o lucro ainda são fatores que exigem atenção. Mesmo assim, a instituição avalia que a alocação de investidores locais e estrangeiros segue em níveis baixos, abrindo espaço para continuidade dos fluxos ao mercado acionário brasileiro.
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