O valor de mercado da holding chegou a R$ 168,1 bilhões, avanço anual de 18%

A Itaúsa encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido recorrente de R$ 4,12 bilhões, alta de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado, considerado recorde, reflete o bom desempenho de suas principais investidas, como Itaú Unibanco, Aegea, Alpargatas e Motiva (ex-CCR).

De acordo com o presidente da holding, Alfredo Setubal, o desempenho positivo foi alcançado mesmo diante de “um cenário de ajustes globais”. O Itaú Unibanco, maior ativo do grupo, registrou lucro histórico de R$ 11,9 bilhões no trimestre, sustentado pelo avanço das carteiras de crédito e pelo controle da inadimplência.

Entre as empresas não financeiras, Aegea e Motiva apresentaram melhora de resultados impulsionada por reajustes tarifários, aumento de volume e novas concessões. Já a Alpargatas também contribuiu positivamente para o portfólio.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 18,5%, acima dos 18% registrados no mesmo período de 2024. O endividamento líquido caiu 26%, para R$ 697 milhões, reflexo da estratégia de gestão de passivos iniciada em 2022 e reforçada com o pré-pagamento de debêntures em agosto.

O valor de mercado da holding chegou a R$ 168,1 bilhões, avanço anual de 18%. No consolidado, as investidas somaram R$ 4,37 bilhões em resultado recorrente, crescimento de 7,2%. A Dexco, única exceção, reportou perda de R$ 17 milhões, afetada pela alta da Selic e pela ausência de ganhos extraordinários registrados em 2024.

A Itaúsa encerrou setembro com R$ 2,4 bilhões em caixa, valor menor que os R$ 4,3 bilhões de julho, devido ao resgate antecipado de debêntures. Mesmo com o uso do caixa, a holding manteve sólida liquidez e reforçou sua posição entre as maiores companhias de investimento da América Latina.