operação histórica
JHSF conclui venda de R$ 5,2 bilhões e reforça caixa para nova fase de expansão
Por Redação - Em 11/12/2025 às 9:52 AM

Entre as obras em andamento, estão novos hangares no aeroporto Catarina
A JHSF finalizou uma das maiores operações imobiliárias já registradas no País ao vender, de uma só vez, 496 unidades residenciais — entre lotes, casas e apartamentos — por R$ 5,2 bilhões. A transação, articulada para reorganizar os negócios e fortalecer a estrutura financeira da companhia, marca uma virada no balanço da holding, que passa a ter caixa líquido após anos operando com dívida.
O comprador é um novo fundo imobiliário, o JHSF Capital Desenvolvimento Imobiliário, estruturado com apoio de Bradesco, Itaú e XP. As três instituições garantiram 75,1% dos recursos do fundo de investimento imobiliário (FII), enquanto a JHSF ficou com 24,9% das cotas, como forma de manter participação e alinhamento com o desempenho futuro dos empreendimentos.
A emissão se tornou a maior oferta inicial de cotas de FII já realizada no Brasil, superando inclusive o valor de mercado da própria JHSF, de R$ 5,1 bilhões na véspera da transação. A companhia receberá dois terços do valor imediatamente e outro terço dentro de um ano.
Reestruturação dos negócios
A operação separa definitivamente a área de incorporação imobiliária — responsável por comprar terrenos, desenvolver projetos e vender unidades — da divisão que administra ativos para geração de renda recorrente, como shoppings, escritórios, hotéis Fasano e o aeroporto executivo Catarina.
As 496 unidades vendidas, algumas prontas, outras em obras ou na planta, pertencem integralmente ao braço de incorporação, do qual a JHSF está se desonerando. A empresa, no entanto, seguirá responsável pela conclusão das obras, cujo custo projetado é de R$ 1,9 bilhão.
Entre os ativos transferidos ao fundo estão unidades do Reserva Cidade Jardim e do São Paulo Surf Club, na zona oeste da capital paulista, além de lotes nos empreendimentos Fazenda Boa Vista e Fazenda Santa Helena, no interior de São Paulo.
Foco em estrutura mais leve e novos projetos
Com a operação, a JHSF elimina a dívida líquida de R$ 1,8 bilhão registrada no terceiro trimestre e inaugura um ciclo de maior liquidez. O presidente da companhia, Augusto Martins, afirma que a reorganização permitirá acelerar investimentos com base em estruturas de capital mais flexíveis.
A empresa permanece com um banco de terrenos avaliado em cerca de R$ 30 bilhões para futuros projetos residenciais, além dos empreendimentos ligados à geração de renda, que seguem dentro da holding.
Entre as obras em andamento, estão novos hangares no aeroporto Catarina, um complexo multifuncional na avenida Faria Lima, um centro de compras na Fazenda Boa Vista e a expansão internacional da rede Fasano. Com o reforço no caixa, a JHSF também passa a ter margem para discutir, no futuro, maior distribuição de dividendos, tema ainda em avaliação pela gestão.
Mais notícias
Para 2026




























