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JPMorgan pode ser o primeiro banco a valer US$ 1 trilhão sob comando de Jamie Dimon

Por Marlyana Lima - Em 26/05/2025 às 2:50 AM

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Sob comando de Jamie Dimon, JPMorgan pode alcançar o valor de US$ 1 trilhão

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase há quase duas décadas, está prestes a entrar para a história como o líder que poderá comandar o primeiro banco com valor de mercado superior a US$ 1 trilhão. Sob sua gestão, a instituição financeira se consolidou como uma potência global, destacando-se pela eficiência operacional, agressiva expansão e investimentos bilionários em tecnologia.

Com um valor atual de mercado de US$ 730 bilhões — cerca de 30% da capitalização total dos grandes bancos americanos —, o JPMorgan ampliou significativamente sua vantagem competitiva em relação aos concorrentes desde que Dimon assumiu o comando, em 2006, quando o banco representava apenas 12% desse mercado.

O JPMorgan se transformou numa referência de escala e eficiência. Desde a pandemia de Covid-19, o banco acelerou ainda mais seu crescimento: hoje são mais de 317 mil funcionários, com presença física em todos os 48 estados contíguos dos EUA, um feito inédito na história bancária americana.

Esse domínio territorial e operacional garante ao JPMorgan uma base robusta de US$ 2,5 trilhões em depósitos, oferecendo vantagens estratégicas, como acesso a financiamento barato e estabilidade para ampliar seus investimentos em tecnologia — cerca de US$ 18 bilhões em 2024, mais do que qualquer outro player do setor.

“É o ‘Nvidia dos bancos’”, afirma Mike Mayo, analista do Wells Fargo, que classifica o JPMorgan como “o Golias dos Golias”, e aposta que será o primeiro banco com avaliação trilionária.

Mas o tamanho também impõe riscos. Dimon reconhece que bancos não toleram bem os erros, e que, quanto maior a instituição, maior o potencial para falhas sistêmicas. Além disso, o domínio do JPMorgan o torna alvo de críticas políticas, tanto da esquerda quanto da direita americana, que enxergam com desconfiança o poder concentrado em um único banco.

Para o futuro, a aposta do JPMorgan é seguir investindo pesado em tecnologia, liderar a transformação digital do setor financeiro e manter o foco em eficiência e disciplina — qualidades que Dimon credita à inspiração em grandes atletas.

Se bem-sucedido, Dimon poderá deixar como legado não apenas o maior banco da América, mas o primeiro da história a romper a barreira do US$ 1 trilhão.

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