MERCADO FORTE
Keurig Dr Pepper compra JDE Peet’s por €15,7 bi e cria gigante global do café
Por Redação - Em 26/08/2025 às 10:30 AM

Com a operação, a KDP formará uma empresa dedicada exclusivamente ao setor de café, reunindo marcas como Keurig, Jacobs, L’OR e Peet’s FOTO: Agência Brasil
A norte-americana Keurig Dr Pepper (KDP) anunciou a aquisição da holandesa JDE Peet’s por 15,7 bilhões de euros (cerca de US$ 18 bilhões), no que se tornou a maior transação empresarial da Europa em mais de dois anos. O negócio prevê ainda a separação da divisão de bebidas do braço de café, originando duas companhias listadas em bolsa.
Com a operação, a KDP formará uma empresa dedicada exclusivamente ao setor de café, reunindo marcas como Keurig, Jacobs, L’OR e Peet’s, com presença em cerca de 100 países e faturamento anual próximo a US$ 16 bilhões. O movimento coloca a companhia em rota direta de concorrência com a Nestlé, líder global do segmento.
Mercado em expansão
Segundo a consultoria Mordor Intelligence, o mercado mundial de café deve movimentar US$ 138,3 bilhões em 2025 e atingir US$ 174,2 bilhões até 2030, sustentado pela demanda por produtos premium e prontos para beber. Outras gigantes, como Starbucks, Lavazza, Luckin Coffee e Tata Coffee, também avançam em fusões, aquisições e parcerias estratégicas para ampliar presença global.
Riscos e dívidas
A compra, porém, eleva o endividamento da KDP. A empresa assume cerca de US$ 18 bilhões em novas dívidas, totalizando um passivo próximo de US$ 36 bilhões. Analistas alertam que a alavancagem acima da média pode limitar a flexibilidade financeira em períodos de instabilidade, além de aumentar a exposição cambial devido às operações europeias da JDE Peet’s.
Contexto de consolidação
O setor vive a maior onda de consolidação de sua história. Além do acordo da KDP, a Nestlé adquiriu recentemente a marca Seattle’s Best Coffee da Starbucks, e a italiana Lavazza investiu em parcerias na China e em novas aquisições na Europa. O movimento reflete tanto o crescimento do mercado quanto pressões econômicas, como custos mais altos de insumos e juros elevados, que têm forçado empresas menores a se venderem ou se fundirem.
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