reforma revertida
Leão 14 flexibiliza regras e tira exclusividade do Banco do Vaticano sobre investimentos
Por Redação - Em 07/10/2025 às 12:01 AM

Embora tenha anulado o decreto de 2022 de Francisco, Leão 14 recomendou que o uso do Banco do Vaticano continue sendo a opção preferencial
O papa Leão 14 revogou, nessa segunda-feira (6), a autoridade exclusiva do Banco do Vaticano sobre os investimentos da Santa Sé, revertendo uma das principais reformas financeiras implementadas por seu antecessor, o papa Francisco.
Em um decreto breve, Leão 14 determinou que os departamentos do Vaticano não estão mais obrigados a realizar todos os investimentos por meio do Instituto para as Obras de Religião (IOR), nome oficial do banco. A medida devolve autonomia às instituições vaticanas, que agora poderão recorrer a bancos estrangeiros quando julgarem mais eficiente ou conveniente.
Embora tenha anulado o decreto de 2022 de Francisco, Leão 14 recomendou que o uso do Banco do Vaticano continue sendo a opção preferencial. “Os departamentos devem utilizar o IOR, a menos que os órgãos competentes considerem mais eficiente ou conveniente recorrer a intermediários financeiros estabelecidos em outros Estados”, diz o texto.
A decisão marca uma mudança significativa na política financeira da Santa Sé. Durante os 12 anos de pontificado, Francisco promoveu reformas para combater escândalos de corrupção e falta de transparência que afetaram a imagem do Vaticano nas últimas décadas.
A medida de 2022 havia concentrado todo o controle dos investimentos no Banco do Vaticano, o que gerou críticas internas por dar poder excessivo à instituição e restringir operações até mesmo com bancos italianos.
Apesar da reversão, Leão 14 manteve a obrigatoriedade de que todas as aplicações sigam as diretrizes de investimento definidas pelo comitê de supervisão criado por Francisco há três anos, preservando parte da estrutura de controle estabelecida pelo pontífice anterior.
Mais notícias
Etapa pré-prova




























