Londres segue como referência em aeroportos, investimento estrangeiro, gastronomia e conectividade global

A edição 2025 do World’s Best Cities, um dos levantamentos urbanos mais abrangentes do mundo, revelou quais metrópoles estão definindo tendências globais de morar, trabalhar e viajar. O estudo avaliou mais de 270 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, considerando desde qualidade de vida até capacidade econômica e influência cultural.

Londres voltou a liderar o ranking, impulsionada pela combinação de prosperidade econômica, forte ecossistema empresarial e atratividade cultural. Londres segue como referência em aeroportos, investimento estrangeiro, gastronomia e conectividade global.

Só em 2024, visitantes internacionais gastaram quase US$ 22 bilhões, ultrapassando Nova York e Dubai. O mercado imobiliário permanece estável, mas vem atraindo crescente interesse de compradores norte-americanos.

Em ascensão, Nova York ultrapassou Paris e ficou em segundo lugar, sustentada por sua diversidade econômica — de finanças a tecnologia —, pela vitalidade cultural e pela modernização urbana, que inclui a renovação dos aeroportos LaGuardia e JFK.

Paris, agora em 3º, colhe os efeitos de investimentos maciços em mobilidade limpa, espaços públicos e ciclovias, impulsionados pelos preparativos para os Jogos Olímpicos de 2024. A cidade deve ver sua indústria de hospitalidade superar US$ 50 bilhões anuais até 2032.

Tóquio permaneceu em 4º lugar, apoiada pela segurança, pela gastronomia e pelo planejamento urbano, em um Japão que registrou 37 milhões de visitantes internacionais em 2024.

A ascensão asiática no top 20 é marcante: Cingapura (6º), Sydney (11º), Seul (13º), Pequim (15º), Xangai (16º) e Hong Kong (19º) reforçam a região como potência turística e econômica.

Destaques da América Latina

São Paulo é a 18ª melhor cidade do mundo, com economia dinâmica e destaque gastronômico

A América Latina segue com poucos representantes entre as 50 primeiras posições, mas dois deles são brasileiros:

São Paulo — 18º lugar: destaque por vitalidade econômica, gastronomia e crescente influência global.

Rio de Janeiro — 42º lugar: reconhecido pelo turismo, pela atratividade cultural e pela retomada da conectividade aérea.

Buenos Aires aparece em 39º, enquanto Santiago ocupa o 75º lugar e Medellín, o 76º.

Tendências

O relatório chama atenção para forças que devem transformar centros urbanos nos próximos anos:

– mudanças climáticas e adaptação ambiental

– reorganizações geopolíticas e econômicas

– mobilidade global pós-pandemia

– avanço acelerado da inteligência artificial, apontada como fenômeno capaz de alterar cidades mais profundamente do que a própria pandemia

Metodologia

Diferentemente de rankings baseados em um único indicador, o relatório da Resonance cruza centenas de métricas, como conectividade aérea, segurança, educação, vida noturna, relevância digital e presença nas redes sociais. A análise combina dados públicos e privados com a percepção de 21 mil pessoas em 30 países, resultando no Place Power Score, um índice que mede habitabilidade, atratividade e prosperidade.

Segundo a consultoria, a metodologia foi aprimorada para refletir um momento de renovação urbana e captar tendências locais — incluindo informações de plataformas asiáticas como Weibo e Xiaohongshu. O estudo chega em meio à retomada do turismo internacional e às mudanças de comportamento pós-pandemia, como o avanço do trabalho remoto e a mobilidade global.

Top 10 das melhores cidades do mundo em 2025

1 – Londres

2 – Nova York

3 – Paris

4 – Tóquio

5 – Madri

6 – Cingapura

7 – Roma

8 – Dubai

9 – Berlim

10 – Barcelona