Lula disse ainda não se importar com viés político dos beneficiados com Plano Safra Foto: Valter Campanato Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou em suas redes sociais que, na próxima semana, será lançado o Plano Safra 2025/2026, que se tornará o maior da história do país pelo terceiro ano seguido. O objetivo central do programa, segundo o presidente, é garantir suporte tanto aos grandes produtores, responsáveis por impulsionar as exportações brasileiras, quanto aos pequenos agricultores, que colocam alimento nas mesas das famílias em todo território nacional. “Neste governo, ninguém fica para trás”, destacou Lula .

Em um evento realizado em Araguatins, Tocantins, o presidente reforçou que a origem política dos financiados do agronegócio é irrelevante para sua administração. “Eu não quero saber se é um fazendeiro que faz Pix para ajudar o Bolsonaro”, declarou, ressaltando que o critério para conceder crédito é o potencial produtivo em favor do país. Essa estratégia visa consolidar o Brasil como “grande celeiro do mundo”, reconhecendo a importância do setor para a economia nacional.

Na mesma cerimônia, Lula assinou um acordo de cessão e regularização fundiária de 1,9 milhão de hectares da União, direcionados à reforma agrária no Tocantins. A medida vai beneficiar centenas de famílias de agricultores descentralizados em novos assentamentos, além de fortalecer a agricultura familiar, que representa cerca de 85% das propriedades rurais no Brasil.

Ao citar sua visita à comunidade do Moinho, em São Paulo, Lula reforçou seu compromisso moral com as populações vulneráveis. Ele classificou a experiência como “muito especial” e afirma que é “honra e dever” do Estado apoiar quem enfrenta dificuldades diárias para conquistar uma vida mais justa. O governo registra que no ano passado foram disponibilizados R$ 475,6 bilhões em crédito rural, alta de 9,1% em relação a 2023, quando o investimento foi de R$ 435,8 bilhões.