OPERAÇÕES DINÂMICAS
M&A no setor financeiro cresce 41,5% no Brasil, no primeiro semestre de 2025
Por Marcelo Cabral - Em 17/09/2025 às 12:20 PM
O mercado de Fusões e Aquisições (M&A) do setor financeiro brasileiro registrou uma expressiva alta de 41,5% no primeiro semestre de 2025, em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram contabilizadas 75 operações entre janeiro e julho, contra 53 transações no intervalo equivalente de 2024, segundo levantamento da PwC Brasil.

Operações de M&A tiveram alta de 41,5% no primeiro semestre deste ano
Diferentemente de ciclos anteriores, quando a liquidez abundante impulsionava o ritmo das negociações, a atual expansão é marcada por movimentos estratégicos e defensivos, voltados a ganhos de escala, consolidação e fortalecimento competitivo. Ainda assim, a expectativa é de que o volume total de transações ao longo de 2025 se mantenha próximo ao observado nos dois últimos anos – 114 operações em 2023 e 101 em 2024.
Liderança bancária e concentração setorial
O setor bancário e de mercado de capitais concentrou a maior parte das transações, com 51 operações (68% do total), seguido pelo segmento de seguros, com 15 operações (20%), e pelo de asset & wealth management, que respondeu por nove negócios (12%).
Os compradores são, em sua maioria, players locais, com o Brasil liderando a origem dos investimentos em 42% das operações. Entre os principais vetores de expansão, destacam-se as oportunidades de consolidação em corretoras de seguros e empresas de gestão patrimonial, refletindo uma busca por sinergias e fortalecimento de portfólio.
Cenário de cautela e perspectivas
Apesar do dinamismo registrado no semestre, o ambiente macroeconômico global desafiador e a manutenção de juros elevados no Brasil seguem impondo limites ao apetite por riscos. Esses fatores impactam diretamente os valuations e a velocidade de fechamento de novos negócios em todo o País.
No médio prazo, a PwC projeta que o mercado de M&A em serviços financeiros deve adotar uma trajetória mais estável entre 2025 e 2026, com crescimento moderado. Incertezas eleitorais, a evolução da política monetária, as reformas tributárias e as mudanças regulatórias permanecem no radar e devem sustentar uma postura mais cautelosa dos investidores.
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