NEGOCIAÇÃO DIPLOMÁTICA

Marcos Troyjo acredita que tarifas entre EUA e Brasil podem alcançar os 30%

Por Marcelo Cabral - Em 15/07/2025 às 7:27 PM

Troyjo acredita que tarifas dos EUA podem chegar a patamar razoável        Foto: Divulgação/Lide Paraná

O economista e diplomata Marcos Troyjo, avalia que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve adotar uma postura mais ativa nas negociações comerciais com os Estados Unidos. O objetivo seria buscar uma maior convergência entre as tarifas impostas ao Brasil e aquelas aplicadas a parceiros estratégicos da potência norte-americana, como a União Europeia e o México.

Atualmente, os EUA sinalizam a aplicação de tarifas de até 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Troyjo, no entanto, vê espaço para um entendimento diplomático que leve essas alíquotas a um patamar mais próximo dos 30% – percentual já praticado pelos norte-americanos em relação aos seus dois outros parceiros comerciais.

Segundo ele, que já presidiu o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), braço financeiro do Brics, este movimento seria não apenas coerente com os esforços globais de reconstrução de cadeias produtivas e cooperação internacional, mas também fundamental para preservar a competitividade brasileira em setores estratégicos. “Há uma lógica de racionalização tarifária sendo aplicada aos grandes parceiros dos EUA, e o Brasil tem legitimidade para se inserir nesse mesmo eixo de diálogo”, avalia Troyjo.

Além do aspecto comercial, a eventual flexibilização tarifária traria reflexos positivos sobre a confiança de investidores internacionais e ampliaria o espaço de manobra para a diplomacia econômica brasileira. Ele destaca, ainda, que a imposição de tarifas e restrições reciprocamente acabam gerando perdas para ambos os lados.

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