Anbima
Mercado de capitais soma R$ 528,5 bilhões até setembro
Por Redação - Em 25/10/2025 às 12:01 AM

As debêntures continuam sendo o principal instrumento de captação, com R$ 317,6 bilhões emitidos no período
O mercado de capitais brasileiro movimentou R$ 528,5 bilhões entre janeiro e setembro de 2025, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O valor representa recuo de 3,5% em relação a igual período do ano anterior, resultado influenciado principalmente pela forte desaceleração das emissões de ações.
A renda fixa manteve o protagonismo e atingiu R$ 487,3 bilhões, ligeiramente acima do desempenho de 2024 (R$ 485,8 bilhões), configurando novo recorde histórico nas emissões. Já o mercado acionário somou apenas R$ 4,2 bilhões, queda expressiva de 80,7% na comparação anual.
As debêntures continuam sendo o principal instrumento de captação, com R$ 317,6 bilhões emitidos no período — praticamente o mesmo volume do ano anterior. O presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão, afirmou que o resultado surpreende positivamente:
“Acreditávamos que seria difícil repetir o recorde de 2024, mas os números mostram que 2025 pode encerrar novamente em patamar elevado. Ainda podemos ter um último trimestre bastante forte.”
As debêntures incentivadas, voltadas a projetos de infraestrutura, ultrapassaram pela primeira vez a marca dos R$ 100 bilhões, totalizando R$ 113,6 bilhões até setembro — um crescimento de 18% em relação a 2024.
De acordo com o diretor da Anbima, César Mindof, o resultado confirma a consolidação do instrumento. “As debêntures se firmam como um importante canal de financiamento de longo prazo para a infraestrutura nacional”, disse.
Setores e prazos
O prazo médio das debêntures permanece em oito anos, enquanto nas incentivadas sobe para 12,7 anos, refletindo o perfil de investimento de longo prazo.
Entre os setores que mais captaram recursos, destacam-se energia elétrica (R$ 78 bilhões) e transporte e logística (R$ 55,8 bilhões). O saneamento aparece em seguida, com R$ 27,4 bilhões, mantendo relevância, embora em ritmo menor que nos anos anteriores.
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