GASTOS MAIORES
Mercado de seguros no Brasil se adapta ao envelhecimento populacional e às mudanças climáticas
Por Redação - Em 30/07/2025 às 12:01 AM

A Confederação Nacional das Seguradoras projeta um crescimento de 10,1% no setor para 2025 FOTO: Freepik
O setor de seguros Property & Casualty (P&C), que cobre bens como residências e veículos, está passando por transformações no Brasil para atender a um consumidor cada vez mais preocupado com qualidade de vida e mudanças no perfil demográfico. Segundo o relatório World Property & Casualty Insurance Report 2025, da consultoria Capgemini, quase metade dos brasileiros (49%) pretende aumentar gastos voltados ao estilo de vida, acima da média global de 45%.
O diretor de Seguros da Capgemini, Gustavo Leança, destaca que essa mudança reflete a percepção crescente do envelhecimento populacional e a busca por melhor qualidade de vida. O estudo ouviu mais de 5 mil consumidores globalmente, incluindo 353 no Brasil, e prevê que até 2050 a urbanização no país atingirá 92%, trazendo novos desafios para a avaliação de riscos.
As mudanças climáticas são outra preocupação central: 89% das seguradoras brasileiras já priorizam o uso de dados climáticos para precificar melhor os riscos, já que eventos extremos têm se tornado mais frequentes. Além disso, 46% das empresas apostam na hiperpersonalização, refinando a análise de riscos para níveis de bairro ou rua.
O relatório ainda revela que 45% dos brasileiros não planejam comprar ou reformar imóveis, reflexo da desigualdade social e do déficit habitacional. O mercado também se prepara para atender famílias multigeracionais, com soluções que acompanhem o envelhecimento e a convivência entre gerações.
Apesar dos avanços, apenas 14% dos executivos brasileiros consideram suas empresas preparadas para inovar em produtos, frente a 35% globalmente. A distribuição, principalmente por corretores e bancos, é vista como sólida, mas o digital ainda precisa evoluir para melhorar a experiência do cliente.
A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) projeta um crescimento de 10,1% no setor para 2025, com a meta de ampliar o acesso aos seguros em 20% até 2030, elevando a participação do setor para 10% do PIB brasileiro. Segundo o presidente da entidade, Dyogo Oliveira, o mercado caminha para atingir essa meta, refletindo o potencial de expansão do segmento no país.
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