A expectativa é solicitar a aprovação do medicamento até o fim de 2025, com lançamento previsto para 2026

De olho em um mercado que pode movimentar US$ 95 bilhões até 2030, a Eli Lilly divulgou resultados promissores de sua pílula experimental para tratar a obesidade, o orforglipron. Em um estudo clínico, pacientes que receberam a dose mais alta perderam, em média, 9,6% do peso corporal, além de registrarem melhora nos níveis de glicemia.

O ensaio incluiu pessoas com obesidade e diabetes tipo 2, grupo que tradicionalmente enfrenta mais dificuldade para emagrecer. A perda média foi de cerca de 5 quilos. Os principais efeitos colaterais foram gastrointestinais, levando 10,6% dos participantes a interromperem o tratamento.

Este é o segundo estudo avançado que a companhia pretende apresentar a reguladores internacionais. A expectativa é solicitar a aprovação do medicamento até o fim de 2025, com lançamento previsto para 2026.

Apesar da cautela de analistas e da decepção com resultados anteriores, a Lilly aposta que a pílula será um divisor de águas. Segundo Kenneth Custer, presidente da divisão de saúde cardiometabólica, o orforglipron mostrou benefícios adicionais em indicadores como pressão arterial, lipídios e inflamação.

Se confirmada a eficácia, o comprimido poderá ampliar o acesso a tratamentos contra a obesidade, atualmente dominados por injeções desenvolvidas pela própria Lilly e pela rival Novo Nordisk.