PATRIMÔNIO
Mercado financeiro acelera criação de milionários no Brasil e no mundo
Por Redação - Em 24/06/2025 às 9:30 AM

O patrimônio mundial cresceu, reforçando uma tendência de longo prazo puxada principalmente por investimentos em ações, imóveis e fundos
O mercado financeiro voltou a ser um motor importante na geração de riqueza ao redor do mundo. Após um recuo em 2022, os ativos se valorizaram novamente em 2023, ajudando a aumentar o número de milionários — especialmente em economias emergentes como o Brasil.
Segundo o relatório anual do UBS, o patrimônio mundial cresceu, reforçando uma tendência de longo prazo puxada principalmente por investimentos em ações, imóveis e fundos. A valorização desses ativos ampliou as chances de ascensão financeira, inclusive para quem já está na classe média.
Mais milionários
No Brasil, o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão chegou a 433 mil em 2023. A projeção é que esse número aumente 22% até 2028, alcançando 463 mil milionários. O crescimento reflete, em parte, o avanço do mercado financeiro local, com maior acesso a investimentos, diversificação de carteiras e aumento na educação financeira.
Desde 2008, o patrimônio médio por adulto cresceu mais de 375% no país (em moeda local), superando países como México e China. Porém, a desigualdade aumentou: o Brasil agora tem uma das distribuições de riqueza mais concentradas do mundo.
Mobilidade social
O estudo do UBS aponta que o mercado financeiro tem ampliado as oportunidades de mobilidade patrimonial. Pessoas com acesso a bons investimentos conseguem acumular riqueza mais rapidamente, e isso deve se intensificar até 2030. A classe média é o grupo com maior probabilidade de subir de faixa de renda nesse período.
Ao mesmo tempo, a chamada “grande transferência de riqueza” está em curso. Estima-se que US$ 83 trilhões serão herdados nas próximas duas décadas, o que pode fortalecer ainda mais a presença de famílias já consolidadas no topo da pirâmide.
Mais jovens investidores
Globalmente, o número de milionários deve crescer em 52 dos 56 países analisados até 2028. EUA e China seguem liderando em volume, mas países como Taiwan, Turquia e Brasil têm as maiores taxas de crescimento. Esse movimento vem acompanhado de um novo perfil de investidor: mais jovens, conectados e com estratégias diversificadas que vão além da poupança tradicional.
A valorização dos mercados, aliada ao avanço tecnológico e ao maior acesso à informação financeira, está tornando o caminho até o primeiro milhão mais acessível — mas também mais competitivo e desigual.
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