Diplomacia econômica
Mercado reage ao diálogo entre Lula e Trump; dólar e Bolsa recuam
Por Redação - Em 06/10/2025 às 7:32 PM

O dólar caiu 0,47% e encerrou o dia cotado a R$ 5,31
O dólar recuou 0,47% nesta segunda-feira (6), encerrando o dia cotado a R$ 5,31, enquanto o Ibovespa caiu 0,41%, aos 143.608 pontos. O comportamento dos mercados refletiu três fatores principais: as declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo; o fortalecimento das moedas de países emergentes diante da alta das commodities; e o primeiro contato direto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.
A ligação entre os líderes, que durou cerca de 30 minutos, foi descrita pelo governo brasileiro como cordial. Lula pediu a Trump que retire a tarifa extra de 40% imposta às exportações brasileiras e revogue medidas restritivas aplicadas contra autoridades nacionais, como o ministro Alexandre de Moraes. Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar continuidade às tratativas com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um encontro presencial entre os dois presidentes não está descartado.
Juros
Em evento da Fundação FHC, em São Paulo, Galípolo afirmou que a taxa Selic deve permanecer elevada por um período “bastante longo”. Segundo ele, as projeções do Boletim Focus indicam que a meta de inflação de 3% não será atingida até 2028. O dirigente reiterou que o BC persegue a meta central, e não o teto da banda de tolerância de 4,5%. “A inflação está em 5,1%, acima da banda superior”, observou.
O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que também participou do encontro, classificou a atual política fiscal do governo como “suicida”, alertando para o risco de desequilíbrio nas contas públicas.
Boletim Focus e balança comercial
O Boletim Focus mostrou leve melhora nas expectativas do mercado: a previsão de inflação para 2025 caiu de 4,81% para 4,80%, e a estimativa de câmbio passou de R$ 5,48 para R$ 5,45.
Já a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,99 bilhões em setembro, queda de 41% frente ao mesmo mês de 2024. A expectativa é que o país feche 2025 com superávit próximo de US$ 65 bilhões.
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