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Mesmo com tarifas dos EUA, exportações brasileiras de panetone crescem 130% em 2025

Por Redação - Em 15/09/2025 às 9:00 AM

Panetone Foto Freepik

A Abimapi espera manter o volume de vendas para o mercado norte-americano até o fim de 2025, mesmo com o tarifaço FOTO: Freepik

Os Estados Unidos, que respondem por metade das compras de panetones brasileiros, impuseram neste ano uma tarifa extra de 50% sobre os produtos nacionais. Apesar do impacto inicial e da redução das margens de lucro, as exportações para o país somaram 1,8 mil toneladas até agosto, com faturamento de US$ 6,7 milhões, crescimento de 130% frente a 2024, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi).

Em 2024, o Brasil exportou 5,2 mil toneladas de panetones para diferentes continentes, movimentando cerca de R$ 120 milhões. Só os EUA representaram 3,2 mil toneladas, ou R$ 70 milhões em receitas. A Abimapi espera manter o volume de vendas para o mercado norte-americano até o fim de 2025, mesmo com o tarifaço.

O Brasil abriga a maior fábrica exportadora de panetones do mundo e, além dos EUA, ampliou a presença global. Hoje atende 50 países, ante 37 antes da pandemia. Mercados como Japão, México, Canadá, Venezuela e Chile multiplicaram por cinco a compra do produto nos últimos anos. O Peru se destaca como o maior consumidor per capita, com demanda durante todo o ano, e o Vietnã criou um nicho para mini panetones consumidos com chá.

Segundo a Abimapi, 95% das exportações de panetone brasileiro vêm de empresas associadas. O item já ocupa a quarta posição na pauta exportadora do setor, com valor médio de US$ 4 por quilo. Os embarques seguem calendário sazonal: começam em julho, atingem o pico até setembro e têm reposições até janeiro.

Mesmo com o peso das tarifas, o setor se adaptou antecipando embarques, ajustando portfólios e apostando em produtos de maior valor agregado. Para 2026, a associação acredita em avanços: o panetone integra a lista de produtos que podem ser negociados diretamente com o governo norte-americano para reduzir ou eliminar a taxação.

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