APÓS CORTES

Milei alcança 1º superávit fiscal da Argentina desde 2009

Por Redação - Em 27/01/2025 às 9:30 PM

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Desde sua posse, há pouco mais de um ano, Milei implementou cortes significativos nas despesas públicas

O presidente da Argentina, Javier Milei, cumpriu sua promessa e apresentou um superávit fiscal em seu primeiro ano de governo, algo que não acontecia no país há mais de dez anos. O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou que o superávit alcançou 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, e 0,3% após descontar os pagamentos de juros em 2024. O último superávit fiscal registrado no país ocorreu em 2009, durante o boom das commodities.

Desde sua posse, há pouco mais de um ano, Milei implementou cortes significativos nas despesas públicas, como a suspensão de quase todas as obras públicas, a redução de repasses para as províncias, o corte de subsídios em energia e transporte, e a eliminação de mais de 30.000 empregos no governo. Além disso, vetou projetos de lei que propunham aumento de gastos com pensões e educação superior.

Com uma base política reduzida no Congresso, o governo enfrentou desafios para manter sua agenda fiscal, mas conseguiu avançar nas reformas. Especialistas apontaram que, apesar da resistência política, a gestão de Milei manteve sua credibilidade fiscal ao adotar decisões difíceis. “Esse é o trunfo deles”, afirmou Stuart Sclater-Booth, gerente de portfólio de dívida de mercados emergentes da Stone Harbor Investment Partners.

Apesar do impacto inicial das medidas, que aprofundaram a recessão no começo do ano, a economia argentina teve crescimento no terceiro trimestre. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma expansão de 5% do PIB em 2025, o que reforça as expectativas de recuperação econômica.

O superávit fiscal de 1,8% do PIB representa um marco importante na trajetória fiscal da Argentina, que enfrentou déficits sucessivos por mais de uma década.

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