COMÉRCIO EXTERIOR
Missão brasileira enfrenta barreiras em Washington nas negociações sobre tarifas
Por Redação - Em 04/09/2025 às 2:10 PM

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A missão brasileira em Washington encontrou dificuldades para abrir diálogo direto com autoridades e parlamentares dos Estados Unidos durante a rodada de discussões sobre as tarifas impostas pelo governo Donald Trump.
Na audiência realizada no USTR (Representante de Comércio dos EUA), foram promovidos seis painéis com representantes setoriais de ambos os países. Do lado americano, prevaleceram críticas às barreiras não tarifárias brasileiras, como regras sanitárias para importação de carnes, exigências ligadas ao desmatamento e tarifas sobre o etanol.
A delegação do Brasil rebateu os argumentos, afirmando que o país não adota práticas desleais de comércio. Mesmo assim, o USTR manteve aberta a investigação dentro da chamada Seção 301, mecanismo jurídico usado por Washington para reagir a medidas consideradas restritivas de parceiros comerciais.
O consultor Roberto Azevedo, integrante da missão, reconheceu que ainda há espaço para negociações futuras, dependendo do avanço das conversas. Segundo ele, ajustes nas tarifas poderão ocorrer se houver margem para trocas e concessões entre os dois lados.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, também esteve em reuniões no Departamento de Estado. Segundo Alban, há sinais de interesse em negociar, mas fatores políticos domésticos nos EUA têm dificultado avanços. Ele ressaltou que empresas americanas instaladas no Brasil, como as de tecnologia, podem ter papel importante em futuras convergências.
A agenda da comitiva incluiu ainda uma visita ao Congresso americano, mas o grupo só conseguiu encontros com assessores legislativos, sem acesso direto a parlamentares influentes.
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