O novo bairro reúne dois edifícios residenciais — um deles assinado por Renzo Piano —, dez vilas, uma marina exclusiva e áreas públicas com trilhas, jardins e obras de arte Foto Divulgação

Em um território onde cada metro quadrado é disputado com fervor, Mônaco apostou alto, e no mar, para crescer. Inaugurado oficialmente há cerca de seis meses (dezembro de 2024), Mareterra é o novo e ambicioso bairro do principado, construído sobre o Mediterrâneo a um custo de dois bilhões de euros (cerca de R$ 12 bilhões), simbolizando a nova fronteira do luxo na região.

O projeto, que amplia o território do segundo menor país do mundo, combina engenharia de ponta, sofisticação e compromissos ecológicos. Grandes blocos de concreto foram assentados no leito marinho para formar uma base sólida e, ao mesmo tempo, servir de abrigo à vida submarina.

Técnicas inéditas permitiram o transplante de Posidonia oceanica, planta essencial para o ecossistema local, enquanto painéis solares e 800 novas árvores reforçam o apelo sustentável.

Arquitetura, arte e exclusividade

Mareterra reúne dois edifícios residenciais — um deles assinado por Renzo Piano —, dez vilas, uma marina exclusiva e áreas públicas com trilhas, jardins e obras de arte, como a escultura “Quatre Lances”, de Alexander Calder.

O charme, no entanto, não escapou das críticas. Com preços que ultrapassam € 100 mil por metro quadrado (mais de R$ 630 mil), nenhuma unidade foi destinada à moradia acessível, alimentando o debate sobre o papel social da expansão urbana em Mônaco.

Ainda assim, com o apoio da família real, o recado está dado: o principado vai continuar crescendo, mesmo que precise construir sobre o março. (Com informações de O Globo)