MAIS US$ 250
Nova taxa de visto eleva custos e ameaça fluxo de turistas nos EUA
Por Redação - Em 01/09/2025 às 12:01 AM

A cobrança atinge principalmente viajantes de nações sem acordo de isenção, como Brasil, México, Argentina, China e Índia FOTO: Freepik
Os Estados Unidos decidiram impor uma nova cobrança de US$ 250 sobre pedidos de visto, batizada de “taxa de integridade”. A medida, que começa a valer em 1º de outubro, deve elevar o valor total do documento para US$ 442, colocando o país entre os que mais cobram para autorizar a entrada de estrangeiros.
O anúncio chega em um momento delicado para o turismo. Dados oficiais mostram que as visitas de estrangeiros caíram 3,1% em julho, somando 19,2 milhões de pessoas. Foi a quinta queda mensal de 2025, frustrando expectativas de que o setor voltaria a superar o patamar pré-pandemia, de 79,4 milhões de viajantes anuais.
Pressão sobre o setor
A cobrança atinge principalmente viajantes de nações sem acordo de isenção, como Brasil, México, Argentina, China e Índia. Para executivos do setor, trata-se de mais um entrave em um cenário de incerteza.
As projeções para este ano são negativas. Segundo o World Travel & Tourism Council, os gastos de estrangeiros nos EUA devem recuar para US$ 169 bilhões, contra US$ 181 bilhões em 2024.
América Latina em destaque
Até maio, países latino-americanos eram exceção à queda. O fluxo do México cresceu quase 14%, enquanto argentinos viajaram 20% mais e brasileiros 4,6% mais do que no mesmo período do ano passado. No entanto, o risco é de que a nova taxa reduza esse dinamismo.
Na direção oposta, a Ásia continua em lenta recuperação: a China segue 53% abaixo do nível de 2019 e a Índia registra queda de 2,4% em 2025, marcada por forte redução na entrada de estudantes.
Políticas restritivas em debate
Além da nova taxa, o governo Trump estuda medidas mais rígidas, como limitar a duração de vistos de estudantes e jornalistas e até exigir depósitos de até US$ 15 mil em alguns casos de turismo e negócios.
Analistas afirmam que, em vez da esperada retomada de 10% neste ano, o movimento internacional deve cair em torno de 3%. Para o diretor da Tourism Economics, Aran Ryan, trata-se de um “retrocesso prolongado” que tende a marcar todo o atual governo.
Com a Copa do Mundo de 2026 e os Jogos Olímpicos de 2028 no calendário, o setor teme que a imagem dos Estados Unidos como destino turístico seja ainda mais afetada pela escalada de custos e restrições.
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