Novas bolsas desafiam o domínio da B3 no Brasil
Por Redação - Em 27/09/2025 às 12:01 AM

A B3, criada em 2017 após a fusão da BM&FBovespa e da Cetip, consolidou-se como infraestrutura de referência no país FOTO: Freepik
Após quase duas décadas como única bolsa de valores do país, a B3 deve enfrentar concorrentes a partir de 2026. Plataformas como A5X, Base Exchange e CSD planejam iniciar operações e prometem ampliar a competição no mercado financeiro brasileiro.
Entre os grupos por trás dessas iniciativas estão nomes de peso. A CSD, que já atua como câmara de compensação desde 2018, tem apoio de Citi, Morgan Stanley e UBS. A Base Exchange conta com investimentos da Mubadala Capital, enquanto a A5X reúne Ideal (ligada ao Itaú) e ABN Amro.
Atenta a esse movimento, a B3 acelerou sua agenda de lançamentos. Somente nos nove primeiros meses de 2025, a companhia introduziu 16 novos produtos, superando os 11 registrados em 2024. Até dezembro, a expectativa é de novas estreias, como derivativos ligados ao índice Vix e opções de bitcoin, que aguardam aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com o vice-presidente financeiro da B3, André Milanez, os lançamentos fazem parte de um planejamento contínuo da instituição. “Seguimos buscando inovação, respondendo à demanda dos clientes e fortalecendo o mercado de capitais brasileiro”, afirmou.
Estratégia de longo prazo
Para analistas, a intensificação da oferta de produtos está diretamente relacionada ao cenário de maior concorrência. Segundo Alexandre Albuquerque, da Moody’s Ratings, a B3 já vinha se preparando para a chegada de novos players. “Esse portfólio reflete anos de trabalho para reforçar a posição de liderança diante de eventuais mudanças no setor”, avaliou.
Os lançamentos priorizam índices e derivativos, com destaque para ativos de renda fixa e crédito privado — áreas que têm atraído mais investidores em meio à volatilidade do mercado acionário.
De monopólio a mercado disputado
A B3, criada em 2017 após a fusão da BM&FBovespa e da Cetip, consolidou-se como infraestrutura de referência no país. Mas, com o avanço das novas plataformas, o mercado brasileiro caminha para deixar o monopólio de lado e abrir espaço para um ambiente mais competitivo, com potencial de beneficiar investidores e ampliar a diversidade de produtos disponíveis.
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