A medida ocorre logo após o anúncio da demissão de 9 mil trabalhadores, motivada pela estagnação nas vendas e pela perda de US$ 450 bilhões em valor de mercado

A farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk anunciou recentemente que seus funcionários deverão voltar a trabalhar presencialmente, em decisão atribuída ao novo presidente-executivo da companhia. O objetivo, segundo a empresa, é acelerar processos, fortalecer relações internas e melhorar a execução comercial diante da crescente concorrência no setor.

A medida ocorre logo após o anúncio da demissão de 9 mil trabalhadores, motivada pela estagnação nas vendas e pela perda de US$ 450 bilhões em valor de mercado desde o ano passado. O enfraquecimento da empresa tem sido associado à pressão da rival Eli Lilly e ao avanço de medicamentos genéricos.

Até então, a Novo Nordisk não tinha uma política unificada sobre o trabalho remoto, e cada departamento estabelecia suas próprias regras. A mudança pegou de surpresa parte dos funcionários e também sindicatos. “É lamentável para os muitos trabalhadores que apreciavam a flexibilidade do home office que a gestão não tenha encontrado uma forma de mantê-la”, criticou Kim Jung Olsen, presidente do sindicato HK Privat.

Apesar da determinação geral, a companhia informou que acordos individuais poderão ser negociados entre empregados e gestores, permitindo alguma margem de flexibilidade.

O movimento da Novo segue a tendência de outras multinacionais que, após a pandemia, vêm revendo suas políticas de home office para reforçar a presença física e aumentar a integração entre as equipes.