estratégia de internacionalização
Nubank pede licença para operar como banco nos Estados Unidos
Por Redação - Em 01/10/2025 às 10:31 AM

A movimentação ocorre quase quatro anos após o IPO realizado em Wall Street
O Nubank anunciou nesta terça-feira (30) que entrou com um pedido formal junto ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC), órgão ligado ao Tesouro dos EUA, para obter licença de funcionamento como banco nacional no país. A autorização permitirá à instituição oferecer contas de depósito, linhas de crédito e custódia de ativos digitais, ampliando sua estratégia de internacionalização.
A movimentação ocorre quase quatro anos após o IPO realizado em Wall Street e marca a primeira tentativa do banco digital de atuar diretamente no sistema financeiro americano. Atualmente, a presença do Nubank é concentrada na América Latina, onde já se consolidou como uma das maiores instituições financeiras digitais.
No México, a fintech recebeu em abril de 2025 autorização regulatória para se tornar banco, restando apenas a etapa final de aprovação operacional. Além disso, mantém operações em expansão no Brasil e na Colômbia.
Segundo o fundador e CEO da Nu Holdings, David Vélez, o objetivo imediato é fortalecer os mercados já existentes, mas a licença americana ajudará a atender clientes locais e abrir espaço para novas oportunidades. A nova operação terá como CEO Cristina Junqueira, cofundadora e atual Chief Growth Officer da holding.
O conselho da subsidiária contará com nomes de destaque, incluindo Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que assumirá a presidência do board. Também integram o grupo executivos como Brian Brooks, ex-controlador interino da OCC, e Kelley Morrell, ex-diretora da Blackstone e do Tesouro americano.
Resultados em alta
Fundado em 2013 em São Paulo, o Nubank construiu uma base global de quase 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia. A empresa registrou no segundo trimestre de 2025 receita recorde de US$ 3,7 bilhões, crescimento de 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido somou US$ 637 milhões, avanço de 42%, com retorno sobre patrimônio de 28%.
No Brasil, a instituição já atende 107,3 milhões de clientes, o equivalente a 60% da população adulta, enquanto no México alcançou 12 milhões de usuários e, na Colômbia, 3,4 milhões. O portfólio diversificado — que inclui cartão de crédito, conta digital, investimentos, seguros e soluções para empresas — reforça a estratégia multissegmento e sustenta o ritmo de crescimento.
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