MERCADO INTERNACIONAL
Número de pequenos exportadores mais que dobra em 10 anos e fortalece presença na balança comercial
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 05/06/2025 às 11:08 AM

O crescimento não se restringe ao volume de empresas. O faturamento das exportações realizadas por pequenos negócios também mais que dobrou: alta de 130% Foto: Freepik
O número de micro e pequenas empresas brasileiras no mercado internacional mais que dobrou em uma década. De 2014 a 2024, saltou de 5,4 mil para 11,4 mil negócios com atuação nas exportações, segundo levantamento do Sebrae com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A participação dessas empresas no total de exportadores do país passou de 28,6% para 39,6% no período. O avanço de 11 pontos percentuais confirma a consolidação dos pequenos negócios como protagonistas crescentes nas vendas externas brasileiras.
Exportações mais robustas e com maior valor agregado
O crescimento não se restringe ao volume de empresas. O faturamento das exportações realizadas por pequenos negócios também mais que dobrou: de US$ 1,15 bilhão em 2014 para US$ 2,62 bilhões em 2024 — alta de 130%.
O ticket médio por empresa exportadora teve leve, mas significativa evolução: passou de US$ 213 mil para US$ 226 mil, reforçando a tendência de ganho em valor agregado e maior preparo para operar em mercados exigentes.
“Estamos consolidando uma nova fronteira de oportunidades. Pequenos negócios estão ganhando escala e qualidade para atuar internacionalmente”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
Internacionalização deixa de ser exceção
A presença crescente de micro e pequenas empresas no comércio exterior reflete mudanças estruturais no perfil do empreendedor brasileiro. Com maior acesso à informação, capacitação e tecnologia, esses negócios deixam de ver a exportação como um processo distante.
Para acompanhar essa transformação, o Sebrae investe em programas de apoio à internacionalização, como o Sebraetec, e oferece cursos gratuitos em áreas como promoção comercial, logística, regimes aduaneiros e câmbio. A ideia é reduzir barreiras e ampliar a competitividade.
Em um cenário de câmbio favorável e mercados diversificados, a tendência é que o movimento de internacionalização ganhe fôlego. A presença global dos pequenos negócios já não é exceção — e tende a se tornar parte relevante da estratégia de crescimento do setor.
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