Na bolsa de Nova York, o contrato de ouro para dezembro fechou a US$ 4.070,50 por onça-troy, após atingir máxima intraday de US$ 4.081,00 FOTO: Freepik

O ouro encerrou em alta pela quarta sessão consecutiva nesta quarta-feira (8), renovando recordes de preço e refletindo o forte movimento de investidores em busca de ativos considerados seguros diante das turbulências políticas e econômicas globais.

Na bolsa de Nova York (Comex), o contrato de ouro para dezembro subiu 1,65%, fechando a US$ 4.070,50 por onça-troy, após atingir máxima intraday de US$ 4.081,00 — os maiores níveis já registrados. A prata também disparou 3,11%, para US$ 48,99, ultrapassando o recorde de 1980.

Analistas da Navellier apontam que a crescente demanda pelo metal está ligada à queda de confiança nos bancos centrais. A paralisação do governo dos EUA, as incertezas políticas no Japão e a crise na França reforçam a busca por segurança.

O Swissquote Bank destacou ainda o enfraquecimento de moedas globais, como o dólar e o euro, o que tem direcionado parte do capital para ouro e bitcoin, vistos como alternativas independentes de governos.

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, classificou o avanço do ouro como um alerta sobre a fragilidade da economia global. “A resiliência mundial ainda não foi testada — e a crescente procura por ouro é um sinal disso”, afirmou.

Entre outros metais preciosos, a platina avançou 3,09%, cotada a US$ 1.700,80 por onça-troy, acumulando alta de 86,6% no ano, a caminho de seu melhor desempenho desde 1979, segundo o Wall Street Journal.

O movimento reforça a tendência de valorização generalizada dos metais, em um cenário de incertezas políticas, tensões cambiais e busca global por proteção patrimonial.