O Canadá, mesmo aliado histórico dos Estados Unidos, recuou de represálias após sinalizar inicialmente retaliação

O aumento das tarifas promovido pelos Estados Unidos tem provocado respostas variadas no cenário internacional, revelando tensões crescentes no comércio global. Enquanto algumas nações endurecem o tom com medidas de retaliação, outras buscam a via diplomática, nem sempre com resultados favoráveis.

Entre os casos mais relevantes está a China, que reagiu à ameaça de sobretaxas de até 145% sobre seus produtos anunciando tarifas superiores a 100% para mercadorias americanas. A estratégia pressionou Washington a estender negociações por três meses, embora os produtos chineses sigam pagando 30% de imposto.

Diplomacia sem efeito

A Índia tentou reduzir o impacto com uma abordagem conciliatória. O primeiro-ministro Narendra Modi reforçou compromissos de compra de petróleo, armas e outros itens dos EUA, mas não conseguiu evitar a aplicação de tarifas de 50% sobre exportações indianas.

Aliados sob pressão

O Canadá, mesmo aliado histórico dos Estados Unidos, recuou de represálias após sinalizar inicialmente retaliação, numa tentativa de abrir espaço para diálogo. Já a União Europeia obteve uma redução parcial: de 30% para 15%, percentual ainda muito acima dos 2% praticados anteriormente.

Reflexos na economia americana

As medidas tarifárias, além de fragilizar relações com parceiros tradicionais, também têm provocado efeitos internos. Analistas apontam riscos de inflação maior e de desgaste econômico para os próprios Estados Unidos.