Os investimentos fazem parte da estratégia de reconstrução da capacidade industrial e energética nacional FOTO: Agência Petrobras

A Petrobras anunciou, nessa quarta-feira (8), um plano de investimentos de cerca de R$ 2,6 bilhões na Bahia, voltado principalmente à construção de embarcações de apoio marítimo e à retomada de fábricas de fertilizantes no Nordeste. O anúncio foi feito pela presidente da companhia, Magda Chambriard, em coletiva de imprensa.

A maior parte do investimento será destinada à contratação de seis navios de apoio junto ao Estaleiro Enseada, em Maragogipe (BA). O contrato integra o plano da estatal de diversificar fornecedores e revitalizar a indústria naval brasileira, que passou anos com baixa demanda.

“A Petrobras ficou oito anos sem contratar barcos no país. Agora, estamos retomando estruturas que estavam paradas ou sem manutenção”, afirmou Chambriard.

A empresa também deve lançar um novo edital entre outubro e novembro para a contratação de mais quatro embarcações, totalizando 48 barcos de apoio contratados ou em fase de licitação até o fim de 2025.

Os anúncios antecedem a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao estaleiro Enseada, nesta quinta-feira (9), onde serão destacados os investimentos e firmado um protocolo de intenções para estudos de uso do canteiro de São Roque do Paraguaçu em operações de descomissionamento de plataformas.

Fertilizantes

A Petrobras também prevê investir R$ 38 milhões em 2025 em cada uma de suas fábricas de fertilizantes nitrogenados — uma localizada na Bahia e outra em Sergipe. As unidades, que estavam arrendadas à Unigel e foram paralisadas em 2023, devem retomar a produção de ureia e Arla em 2026.

Para isso, a empresa firmou um contrato de R$ 1 bilhão com a Engeman, que será responsável pela operação e manutenção das plantas por até cinco anos.

“Aumentamos a oferta de gás natural, o que reduziu custos e tornou as Fafens novamente viáveis”, explicou a presidente da Petrobras.

Os investimentos fazem parte da estratégia de reconstrução da capacidade industrial e energética nacional, uma das prioridades do governo Lula desde o início do mandato. A iniciativa reforça o papel da Petrobras como indutora de desenvolvimento regional e geração de empregos no país.