Em valores correntes, o PIB acumulado até julho foi estimado em R$ 7,27 trilhões, com taxa de investimento de 18,4%

A economia brasileira registrou retração de 0,6% em julho na comparação com junho, segundo o Monitor do PIB, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Apesar do resultado mensal negativo, o indicador mostrou crescimento de 1,7% frente a julho de 2024 e de 2,9% no acumulado de 12 meses.

De acordo com o estudo, a queda foi puxada principalmente pela agropecuária e pela indústria, além do enfraquecimento do consumo das famílias e dos investimentos. Já o setor de serviços, embora praticamente estável em julho (0,1%), segue sendo o componente mais resiliente da atividade econômica.

O consumo das famílias apresentou, no trimestre encerrado em julho, a menor taxa de variação desde fevereiro de 2022, com destaque para o desempenho negativo dos bens não duráveis. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) avançou 3,3% no trimestre, mas mostra sinais de desaceleração desde o início do ano, especialmente em construção e em máquinas e equipamentos.

Nas contas externas, as exportações cresceram 4,8% no trimestre, impulsionadas por produtos da indústria extrativa, bens intermediários e de capital, enquanto a agropecuária exerceu contribuição negativa. As importações também subiram 4,9%, com destaque para os bens intermediários.

Em valores correntes, o PIB acumulado até julho foi estimado em R$ 7,27 trilhões, com taxa de investimento de 18,4%.