Produção de produtos químicos e derivados de petróleo, indústria automotiva e das áreas de alimentos e de papel e celulose puxam a indústria no Nordeste Foto: Imagem gerada por IA.

O Nordeste brasileiro, com 57,1 milhões de habitantes em 2024, possui uma participação de 26,9% na população nacional. Contudo, é na economia que a região demonstra uma concentração ainda mais pronunciada, segundo o Info Nordeste 2025, produzido pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Em 2022, o PIB nordestino alcançou cerca de R$ 1,39 trilhões, representando 13,8% do total do Brasil. Porém, essa riqueza está distribuída de maneira desigual: quatro estados — Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão — somam mais de 70% do PIB da região.

A Bahia lidera o cenário econômico, com 29% do PIB nordestino, seguida de perto por Pernambuco, com 17,7%. Ceará e Maranhão contribuem com 15,4% e 10,1%, respectivamente.

Mapa Industrial

Essa concentração é visível também na indústria, onde a Bahia se destaca na produção de produtos químicos e derivados de petróleo, enquanto Pernambuco lidera o setor automobilístico. As atividades no Ceará e Maranhão também se mostram relevantes, com forte presença nas áreas alimentícia e de papel e celulose.

Esse quadro revela a crescente disparidade econômica dentro da região, com quatro estados dominando as principais atividades produtivas e refletindo um padrão de crescimento desigual que, ao mesmo tempo, aponta para um fortalecimento econômico de algumas áreas, enquanto outras ainda enfrentam desafios para ampliar sua participação no cenário nacional.

Contudo, embora o Nordeste enfrente desafios estruturais, a região tem mostrado uma performance econômica crescente, com ganhos de produtividade e diversificação setorial. Esse movimento indica uma reconfiguração positiva do papel da região na economia brasileira, crescendo a um ritmo superior ao da sua população.