A edição desta sexta-feira (2) do Flash Imobiliário, revelou os números do mês de abril, que não foram tão expressivos, mas mostram que o mercado imobiliário cearense segue equilibrado. E com a expectativa de que o Banco Central imprima um ritmo mais forte com relação à redução da taxa de juros, já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deve auxiliar no aumento das vendas.

Ricardo Bezerra apresentou os resultados de abril do mercado

De acordo com o empresário Ricardo Bezerra, diretor da Lopes Immobilis, que apresenta o estudo de mercado, no residencial vertical não houve nenhum lançamento em abril, mas foram vendidas 156 unidades, queda de 22% frente ao mês anterior. Já o VGV comercializado chegou aos R$ 100 milhões, uma retração de 26% na mesma base de comparação. E a velocidade de vendas (VSO) atingiu a marca de 3,8%.

Entre as salas comerciais foram vendidas 16 unidades (-24%) e com VGV de R$ 7 milhões (-22%), e com um VSO de 2,5%. Já no que se refere aos imóveis de segunda moradia (praia)houve a comercialização de 32 unidades (+3%) e representou um VGV de R$ 36 milhões (-7%). Mas neste segmento o VSO atingiu a casa de 5,6%. E nos residenciais horizontais foram vendidas nove casas (+31%), a grande maioria (seis) no Eusébio, com um VGV de R$ 7 milhões (-30%), e VSO de 8%.

Econômico

Já no segmento que envolve imóveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV) foram registrados dois lançamentos: Moradas da Serra, com 594 unidades, das incorporadoras SM/RNI, com VGV de R$ 115 milhões, e o Vida Botânica da construtora Tenda, que terá 720 unidades e VGV de R$ 135 milhões, ambos no município de Maracanaú. E com um excelente VSO de 11%. Em abril foram vendidas 364 unidades (-18%) e o VGV foi de R$ 70 milhões (-1%).

Rômulo Santos, Ricardo Bezerra e Patriolino Dias no Flash Imobiliário

E no resultado geral, incluindo os imóveis do MCMV foram comercializadas 2.730 unidades, alcançando um total de R$ 1,27 bilhão em VGV e o estoque da 78 maiores construtoras em atuação no Ceará chega a 8.063 imóveis de todas as categorias, com um VGV de R$ 4,25 bilhões. Já sem o MCMV o estoque é de 5.207 imóveis e um VGV de R$ 3,6 bilhões. Já no pipeline, Ricardo Bezerra mostrou que 14.802 unidades devem ter lançamento anunciado este ano, mas até abril foram 3.128 efetivamente lançadas. A previsão de VGV de lançamentos chega a R$ 6,5 bilhões, entretanto a marca atingiu R$ 1,1 bilhão.

Aluguel

Já o levantamento realizado pela SJ Imóveis, relativo ao aluguel de imóveis na capital cearense, mostra que o tícket médio registrou uma alta de 8,11% nos últimos 12 meses, um resultado semelhante à taxa Selic. Entre os bairros de Fortaleza, o Cocó é o que apresenta o maior tícket médio, com R$ 3.950,00. Já entre as categorias de imóveis por tamanho o estudo revelou que o maior valor por metro quadrado (m²) fica em R$ 4.625,00 para imóveis com tamanho superior a 120 m²; R$ 2.366,67 para aqueles de 101 a 120 m²; R$ 1.959,38 para os de 51 a 80 m², e de R$ 1.700,00 para imóveis entre 81 e 100 m². “Note-se que os imóveis menores tiveram um preço médio superior aos entre 80 e 100 m²”, informa o diretor da Lopes.

Fundo imobiliário

Ao final de sua apresentação, o empresário destacou novamente o fundo de investimento imobiliário FII-IMMOBINVEST, oficialmente lançado na última terça-feira. pelas gestoras financeiras Astor Capital e Baobá Capital, dos empresários Alexandre e Rodrigo Frota, e Sérgio Rolim e José Carneiro Filho, respectivamente. O objetivo principal do fundo é, por meio de cotas, viabilizar a aquisição de terrenos, visando permuta com construtoras que atuam no Ceará. A Lopes é a consultora imobiliária desse fundo e vamos envidar todos os esforço para gerar bons negócios. Essa é a primeira oferta e queremos democratizar o investimento imobiliário”, completa Ricardo Bezerra.