ALMOÇO NA FIEC 2

Ricardo Cavalcante destaca a expansão industrial e avanços internacionais do CE

Por Marcelo Cabral - Em 12/12/2025 às 7:33 PM

Ricardo Cavalcante tem confiança na expansão econômica cearense           Foto: Douglas Filho/Portal IN

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante, reforçou o discurso de confiança no desempenho econômico do Estado ao destacar, em alinhamento com o governador Elmano de Freitas, a trajetória consistente de crescimento, inovação e inserção internacional da indústria cearense. Para o dirigente, os resultados são fruto de uma estratégia de longo prazo baseada na integração virtuosa entre governo, setor produtivo e academia, aliada a investimentos estruturantes e visão de futuro.

Segundo Cavalcante, o Ceará tem demonstrado notável capacidade de resiliência e adaptação, com crescimento acima da média nacional e uma indústria cada vez mais orientada à inovação e à internacionalização, em diferentes segmentos. “Esse movimento é sustentado por novas infraestruturas e por uma presença internacional mais robusta, que reposiciona o Estado no cenário econômico brasileiro e global“, destacou.

Números confirmam a expansão

Os números históricos reforçam esse avanço. Entre 1990 e 2025, período de 35 anos, o crescimento populacional do Ceará foi de 38%, enquanto os empregos industriais avançaram 209%, saltando de 125 mil para 390 mil postos formais. No mesmo intervalo, o número de unidades industriais cresceu de 3.717 para 18.977, uma expansão de 410%, abrangendo empresas de todos os portes.

Mas é no campo da internacionalização que o salto ganha maior expressão. A pauta exportadora do Estado passou de 319 para 1.709 produtos, um crescimento de 436%. Em valores, as exportações avançaram de US$ 231 milhões para US$ 2,1 bilhões em 2025, uma alta de 800%, com os produtos cearenses alcançando 147 países.

“Essa é a prova de que a nossa pauta de exportação, hoje, combina tradição com inovação, tecnologia e inserção em cadeias globais cada vez mais exigentes. Somos o primeiro lugar no Brasil em exportação de cocos verdes, castanhas de caju, pescados e cera de carnaúba. O segundo lugar em calçados e pedras ornamentais, além do terceiro maior exportador de placas de aço e de equipamentos para energia eólica”, salientou Cavalcante.

No setor energético, o presidente da FIEC chamou atenção para a transformação vivida pelo Nordeste nas últimas décadas. Em 12 anos, a região passou da quarta para a segunda posição entre os maiores produtores de energia do País. O Ceará, nesse contexto, consolidou um parque gerador robusto e tornou-se exportador de energia. “Importante destacar ainda que 80% da eletricidade produzida no Estado é renovável, o que confirma a certeza da nossa caminhada em prol da transição energética. Mas, para que possamos otimizar o uso da energia renovável, e contribuir para a redução dos cortes de geração, basta adotar a solução que vem sendo implantada no mundo todo, que são os sistemas de armazenamento por baterias. Temos alcançado conquistas importantes, e é preciso ressaltá-las. Mas, não podemos ignorar os gargalos que ainda nos limitam”, advertiu.

Medidas mitigam efeitos desafiadores

Elmano de Freitas adotou medidas em prol das empresas cearenses

O dirigente também reconheceu o impacto das medidas anunciadas pelo Governo do Estado para mitigar os efeitos de desafios econômicos recentes, como as políticas de crédito, subvenção, compensação tributária e estímulo ao consumo de produtos locais. Para ele, trata-se de uma postura firme e corajosa, amplamente reconhecida pelo setor industrial. “Governador Elmano de Freitas, o setor produtivo cearense e a indústria em especial, reconhecem a enorme diferença que vossa atitude fez no cotidiano de muitas empresas, garantindo dignidade e perspectivas para milhares de trabalhadores e suas famílias”, agradeceu.

Ao projetar o futuro, o presidente da FIEC afirmou que o Ceará reúne todas as condições para ocupar posição de destaque na economia nacional e global, desde que mantenha o compromisso com a cooperação institucional e a responsabilidade coletiva. Entretanto, criticou a alta taxa de juros no Brasil, de 15% ao ano, que inibe investimentos na atividade produtiva e encarece o crédito. “Mas cabe a nós – governo, setor produtivo, academia e sociedade – mantermos a seriedade, a coragem e a cooperação necessárias para transformar os desafios em oportunidades e em realizações. Que em 2026 sigamos unidos, na construção do futuro que queremos para o nosso Estado e para todos nós”, concluiu Ricardo Cavalcante.

Empresariado compareceu em poso ao almoço com o governador, realizado na Casa da Indústria

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