A cobrança valerá apenas para quem quiser acessar os degraus de pedra ao redor da fonte. A pequena praça em frente ao monumento continuará aberta ao público sem custo FOTO: Pixabay

Roma prepara uma mudança no acesso a um de seus cartões-postais mais famosos. A partir de 1º de fevereiro de 2026, visitantes que desejarem se aproximar da Fontana di Trevi terão de pagar uma taxa de dois euros, medida anunciada pelo prefeito Roberto Gualtieri como parte da estratégia da cidade para organizar o fluxo de turistas e gerar novas receitas.

De acordo com a prefeitura, a cobrança valerá apenas para quem quiser acessar os degraus de pedra ao redor da fonte. A pequena praça em frente ao monumento continuará aberta ao público sem custo, assim como o acesso para moradores da capital italiana. A expectativa é de que o novo sistema gere cerca de 6,5 milhões de euros por ano.

Segundo Gualtieri, o valor simbólico da taxa deve ajudar a reduzir a superlotação em um dos pontos mais visitados de Roma, sem afastar turistas. A Fontana di Trevi, concluída em 1762 e considerada uma das principais obras do barroco tardio, recebe milhões de pessoas todos os anos e mantém viva a tradição de lançar moedas na água como sinal de retorno à cidade.

Em 2025, o monumento já contabiliza cerca de nove milhões de visitantes. Turistas ouvidos no local afirmaram que aceitariam pagar a taxa, desde que os recursos arrecadados sejam revertidos para a conservação e melhoria da experiência no espaço.

A iniciativa segue uma tendência adotada por cidades italianas com forte pressão turística. A prefeitura também anunciou que outros cinco locais menos conhecidos de Roma, atualmente gratuitos, passarão a cobrar ingresso de cinco euros. Nos últimos anos, medidas semelhantes foram adotadas em pontos históricos como o Panteão, além de cidades como Veneza, que criou uma taxa de entrada em períodos de alta demanda, e Verona, que começou a cobrar pelo acesso à sacada associada à história de “Romeu e Julieta”.