As vendas da marca no Brasil cresceram em ritmo de três dígitos no último ano, impulsionadas pela maior produtividade nas lojas, pela qualificação dos pontos de venda e pela ampliação do portfólio

O mercado brasileiro de relógios de alto padrão está em crescimento e ganhou novo impulso com o acordo recém-aprovado entre Mercosul e EFTA, que inclui a Suíça. Nesse cenário, a japonesa Seiko, tradicionalmente reconhecida por modelos de entrada, decidiu fortalecer sua atuação no segmento premium, competindo diretamente com marcas suíças como Omega, Longines e Tag Heuer.

Segundo Fumio Tanaka, presidente da Seiko para a América Latina, a mudança reflete uma transformação no papel do relógio, cada vez mais consumido como símbolo de status e identidade. A estratégia tem dado resultado: as vendas da marca no Brasil cresceram em ritmo de três dígitos no último ano, impulsionadas pela maior produtividade nas lojas, pela qualificação dos pontos de venda e pela ampliação do portfólio.

Atualmente, o tíquete médio no país gira entre R$ 3 mil e R$ 7 mil, mas a empresa já lançou modelos em torno de R$ 30 mil. A produção combina manufatura própria no Japão com montagem parcial na Zona Franca de Manaus, o que ajuda a manter competitividade tributária.

As linhas mais vendidas são a Prospex, voltada ao esporte; a Presage, de estilo clássico; e a Sports, que introduz novos consumidores à relojoaria mecânica. Para Tanaka, a identidade japonesa é um diferencial importante no Brasil, onde marcas do país gozam de alta credibilidade.

Com crescimento acelerado em capitais de todas as regiões, especialmente no eixo Sul-Sudeste, a Seiko vê o Brasil como mercado estratégico. “A receptividade do consumidor surpreendeu a matriz. Estamos em um momento muito positivo e acreditamos que há muito espaço para avançar no segmento de alto valor”, afirmou Tanaka.