SABATINA
Senado inicia nesta terça-feira avaliação do nome de Gabriel Galípolo para presidência do Banco Central
Por Redação - Em 08/10/2024 às 12:07 AM

A sabatina de Galípolo ocorrerá a partir das 10 horas na Comissão de Assuntos Econômicos FOTO: Agência Brasil
Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) começará a ser avaliado pelo Senado nesta terça-feira (8). Ele assumirá o cargo em 2025. Esta será a primeira troca de comando na autarquia desde a implementação da autonomia operacional, o que traz um novo contexto político para a discussão.
A sabatina de Galípolo ocorrerá a partir das 10 horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), seguida da votação no plenário, marcada para as 14 horas. A expectativa é de que a análise da indicação transcorra de maneira tranquila, similar à primeira sabatina do economista, realizada em 2023, quando ele foi aprovado por 23 votos a 2 na CAE e por 39 a 12 no plenário.
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a indicação no final de agosto, Galípolo tem buscado apoio entre os senadores, realizando reuniões com pelo menos 48 deles, tanto do governo quanto da oposição. A movimentação inclui também o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que se empenhou em garantir respaldo para a candidatura de Galípolo, conversando com senadores de diversas correntes políticas.
O clima em torno da indicação, que antes gerava apreensão no mercado devido às críticas de Lula à política monetária e à formação acadêmica de Galípolo, parece ter se acalmado. O economista, ex-secretário-executivo da Fazenda, posicionou-se publicamente em favor do aumento da taxa Selic, que foi elevado para 10,75% em setembro, o que ajudou a dissipar algumas incertezas.
Caso Galípolo seja confirmado, os indicados pelo governo Lula formarão a maioria no Comitê de Política Monetária (Copom) a partir de 1º de janeiro de 2025, gerando certo desconforto no mercado financeiro. Analistas ainda questionam se o BC será capaz de elevar a Selic o suficiente para controlar a inflação e manter as expectativas alinhadas com a meta, dado o histórico recente de desancoragem das projeções.
Galípolo precisa de maioria tanto na CAE quanto no plenário para ser efetivado como presidente do Banco Central após o término do mandato de Campos Neto, que se encerra em 31 de dezembro deste ano. A expectativa é de que o resultado da votação reflita o suporte político construído ao longo das últimas semanas.
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