retração
Setor imobiliário soma 33 fusões e aquisições até setembro
Por Redação - Em 18/12/2025 às 1:37 PM

Entre os principais negócios do período estão aquisições de ativos imobiliários no Rio de Janeiro, além de operações relevantes no segmento de shopping centers FOTO: Freepik
O mercado imobiliário brasileiro registrou retração nas operações de fusões e aquisições em 2025. Entre janeiro e setembro, foram concluídos 33 negócios, queda de 15,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da KPMG.
O desempenho reflete um ambiente mais restritivo para investimentos, marcado por taxa básica de juros elevada, aumento dos custos de construção e maior cautela dos investidores. A maior parte das transações envolveu empresas nacionais, confirmando a predominância do capital doméstico diante de um cenário de menor apetite estrangeiro.
Do total de operações, 24 ocorreram entre companhias brasileiras. A participação internacional foi limitada, com poucas aquisições envolvendo ativos no exterior ou a entrada de investidores estrangeiros no país.
Entre os principais negócios do período estão aquisições de ativos imobiliários no Rio de Janeiro, além de operações relevantes no segmento de shopping centers. Transações envolvendo fundos imobiliários também tiveram destaque, com compras estratégicas voltadas à reorganização de portfólios e geração de caixa.
A KPMG aponta que a alta nos preços de insumos, como cimento, aço e mão de obra, pressionou a rentabilidade dos projetos e reduziu a atratividade de novos investimentos. Esse cenário se soma ao impacto da Selic em 15%, que encarece o crédito e eleva o custo de capital.
Com retornos mais apertados, investidores passaram a priorizar ativos consolidados, localizados em regiões com maior previsibilidade de demanda, especialmente em São Paulo, além de mercados específicos como Vitória e Goiânia. O capital estrangeiro segue cauteloso, influenciado por incertezas fiscais e pelo nível elevado dos juros no Brasil.
Apesar da desaceleração, a avaliação é de que o setor mantém resiliência, com taxas de capitalização consideradas atrativas para operações de longo prazo. Segmentos como o mercado de alto padrão e os empreendimentos ligados ao Minha Casa Minha Vida continuam apresentando desempenho diferenciado.
Para 2026, a expectativa é de estabilidade no volume de fusões e aquisições, em patamar semelhante ao observado neste ano, sem perspectiva de deterioração significativa adicional.
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