Com um caixa de US$ 12 bilhões, a Shein não tem pressa para o IPO, que poderá ser a maior oferta na bolsa londrina em anos, caso ocorra

A varejista chinesa Shein, famosa por seus produtos de fast fashion a preços baixos, entrou com um pedido confidencial para realizar sua oferta pública inicial (IPO) na bolsa de Hong Kong. A estratégia, segundo o “Financial Times”, é pressionar o regulador financeiro do Reino Unido a flexibilizar as exigências para que a empresa também possa abrir capital na bolsa de Londres.

A aprovação da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) é considerada improvável, devido às diferenças entre as normas britânicas e chinesas, especialmente sobre a divulgação de riscos. A Shein já enfrenta questionamentos no Reino Unido relacionados à origem do algodão usado em suas roupas, envolvendo suspeitas de trabalho forçado na região chinesa de Xinjiang.

Com um caixa de US$ 12 bilhões, a Shein não tem pressa para o IPO, que poderá ser a maior oferta na bolsa londrina em anos, caso ocorra. No entanto, dificuldades recentes, como a rejeição da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em 2023 e a queda de 40% no lucro líquido em 2024, levantam dúvidas sobre o valor de mercado esperado, que chegou a US$ 66 bilhões em avaliações privadas anteriores.

Os bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e JP Morgan estão envolvidos nas negociações, mas não comentaram o assunto oficialmente.