
PLATAFORMA CHINESA
Shein planeja expandir mercado brasileiro e intensificar concorrência com redes locais
Por Redação - Em 17/02/2025 às 1:01 AM

Desde o início de suas operações no Brasil, em 2022, a Shein tem investido no crescimento do marketplace, que já representa 60% das suas vendas no país
A Shein anunciou planos de acelerar sua operação no Brasil, visando competir mais diretamente com grandes redes de varejo como Renner, C&A e Riachuelo. A plataforma chinesa pretende aumentar de quatro para nove o número de praças onde cobra comissão de 16% sobre as transações realizadas por vendedores que anunciam seus produtos no aplicativo. A expansão do marketplace está prevista para 2025, com foco em estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Goiás, além do Distrito Federal.
Desde o início de suas operações no Brasil, em 2022, a Shein tem investido no crescimento do marketplace, que já representa 60% das suas vendas no país. A previsão é que o número de vendedores na plataforma aumente para até 50.000 até o final de 2025, com destaque para o estado de Santa Catarina, que terá 1.000 vendedores na primeira fase da expansão.
A estrutura logística da Shein no Brasil está centralizada em Guarulhos, onde três centros de distribuição operam para garantir maior rapidez nas entregas. Além da comissão de 16%, a empresa pode cobrar uma taxa extra relacionada à logística, com valores variando conforme o peso dos produtos vendidos.
A Shein também investe na nacionalização de sua produção, com a meta de contratar até 2.000 confecções locais até 2026, visando manter a competitividade de preços no mercado. Atualmente, a plataforma conta com 300 fábricas parceiras no Brasil. A parceria com o grupo têxtil Coteminas é um passo importante nesse processo, embora dependa da saída da empresa da recuperação judicial, prevista para 2025.
Além da expansão digital, a Shein planeja abrir entre quatro e cinco lojas temporárias no Brasil, apostando no modelo de “pop-up stores”. O foco continua na produção sob demanda, permitindo a fabricação de peças em pequenas quantidades, o que reduz desperdícios e aumenta a variedade de produtos disponíveis.
Apesar das iniciativas de crescimento, a Shein enfrenta desafios fiscais com a recente implementação de impostos sobre compras internacionais de até US$ 50. O executivo da empresa, Felipe Feistler, afirmou que essa medida impactou as vendas de produtos importados, tornando os preços mais semelhantes aos praticados pelos varejistas locais. Estudo do BTG Pactual indicou que, em janeiro de 2024, os preços da Shein ficaram ligeiramente abaixo dos praticados por Renner, Riachuelo e C&A em algumas categorias, mas a diferença de preço diminuiu após a nova tributação.
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