Indústria automotiva
Stellantis investirá R$ 13 bilhões em Pernambuco e anuncia primeiro carro híbrido do Nordeste
Por Anchieta Dantas Jr. - Em 27/05/2025 às 6:33 PM

Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para a América do Sul Foto: Leo Lara/Studio Cerri
A Stellantis, grupo que reúne marcas como Fiat, Jeep e Peugeot, vai lançar o primeiro carro híbrido desenvolvido no Nordeste. O modelo começará a ser produzido no Polo Automotivo de Goiana, em Pernambuco, no primeiro semestre de 2026. O anúncio marca o início de um novo ciclo de investimentos da montadora no Brasil, com aportes de R$ 13 bilhões nos próximos cinco anos.
A iniciativa inclui o lançamento de seis novos veículos na planta pernambucana até o fim da década. Parte dos modelos será uma renovação de linhas já existentes no mercado brasileiro, e os demais, inéditos. O complexo de Goiana também deve receber a produção de uma nova marca do grupo — ainda sem detalhes revelados.
“A nossa aposta foi criar uma plataforma com máxima flexibilidade tecnológica. Vamos lançar, aos poucos, aquilo que mais fizer sentido para o país e para a demanda do consumidor”, afirmou Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis na América do Sul.
Novo ciclo e desafios logísticos
O anúncio ocorre em um momento de disputa crescente no setor automotivo, especialmente com a chegada da chinesa BYD à Bahia. A escolha de Goiana para sediar a produção do novo híbrido reforça a aposta da Stellantis na eletrificação com base no etanol, modelo que, segundo a empresa, tem impacto ambiental comparável ao de carros elétricos europeus.
Com capacidade para produzir 280 mil veículos por ano, o polo industrial da Stellantis em Pernambuco completou dez anos em abril. Desde sua inauguração, já fabricou quase 2 milhões de unidades e gerou cerca de 60 mil empregos diretos e indiretos, segundo estimativas da companhia.
Apesar da relevância, o presidente da montadora reconhece gargalos logísticos e cobra mais infraestrutura para o setor automotivo no Nordeste. Um dos principais entraves citados é a distância dos grandes centros consumidores e a necessidade de obras como o Arco Metropolitano, que ligará o polo ao Porto de Suape.
“O custo logístico é alto. Boa parte do transporte é rodoviário, com mais de três mil quilômetros até o Sul. Precisamos de infraestrutura e fornecedores mais próximos para aumentar a competitividade”, disse Cappellano. (Com informações do G1 Pernambuco)
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