DIZ ABRAFRIGO

Tarifa de 50% dos EUA pode reduzir em US$ 1,3 bi exportações brasileiras de carne bovina em 2025

Por Redação - Em 18/07/2025 às 2:40 PM

Factory Processing Line With Beef Carcasses.

Enquanto a China permanece como o maior comprador, o Brasil tem intensificado a diversificação de mercados, com destaque para Chile, México e Rússia

A imposição de uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos, prevista para 1º de agosto, pode causar uma perda de US$ 1,3 bilhão para o setor de carne bovina em 2025, segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo). Caso a medida se mantenha, o impacto financeiro pode superar US$ 3 bilhões nos anos seguintes.

No primeiro semestre de 2025, as exportações brasileiras de carne bovina e derivados cresceram quase 28%, somando US$ 7,4 bilhões, com os EUA representando o segundo maior mercado, com vendas de US$ 1,3 bilhão — um avanço de quase 100% sobre 2024. A nova tarifa, porém, pode inviabilizar parte significativa desse comércio.

Produtos como carnes desossadas congeladas, sebo bovino e corned beef terão as tarifas elevadas de forma expressiva, chegando a até 384% no caso do corned beef. A Abrafrigo destaca a forte dependência dos EUA para certos produtos, o que dificulta o redirecionamento das exportações.

Enquanto a China permanece como o maior comprador, o Brasil tem intensificado a diversificação de mercados, com destaque para Chile, México e Rússia, que apresentaram crescimento nas importações em 2025. O México, por exemplo, aumentou suas compras em 236%.

A entidade pede ao governo brasileiro que atue diplomaticamente para evitar a aplicação da tarifa e evite retaliações que possam prejudicar ainda mais o setor. Além disso, recomenda acelerar negociações para abertura de novos mercados e simplificar processos de exportação para mitigar os efeitos da medida.

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